A Jerónimo Martins (JM) teve lucros de 0,77 euros por ação até setembro, mais 10% face a 2024 e ligeiramente acima das previsões.

Apesar de se manter o clima concorrencial e a pressão sobre os custos (salários…) nos mercados onde opera, as vendas do grupo subiram 7,1%, a beneficiar também da abertura de 274 novas lojas (vendas like for like subiram 2,4%), e o EBITDA cresceu 10,9%, com a respetiva margem a aumentar de 6,6 para 6,8%.

Estes números da atividade são positivos e foram responsáveis pela subida do lucro líquido, já que, a nível financeiro, os resultados pioraram 24% devido à subida dos juros com locações.

O programa de investimento, que deverá superar os mil ME em 2025, continua a ser a prioridade do grupo, que entrou este ano no seu quarto mercado, a Eslováquia, onde já detém 8 lojas e quer chegar às 50 em 2026. A JM demostra ambição ao fixar uma meta de vendas de 50 mil ME até 2030 (este ano deverá rondar os 36 mil ME).

Na Polónia (mais de 70% das vendas), a Biedronka foi multada em 25 ME pelo regulador por publicidade enganosa, mas vai recorrer da decisão, que não deverá ter grande impacto futuro. Subimos as previsões de lucros por ação de 1,04 para 1,07 euros em 2025 e de 1,19 para 1,22 em 2026.

Conselho

Apesar de operar num setor maduro, a JM continua a executar o seu plano de expansão e a aumentar as vendas. Pode comprar o título.