Os CTT terminaram 2024 com um lucro acumulado de 0,34 euros por ação, uma queda de 24,7% face a 2023 mas que superou as previsões.
Em causa está a forte quebra da procura de produtos de dívida pública, sobretudo nos primeiros nove meses do ano, que ofuscou o bom desempenho do segmento Expresso e Encomendas (EeE), que foi pela primeira vez o que mais contribuiu para os resultados. O lucro foi ainda penalizado pelo forte aumento do nível de impostos.
A nível operacional, as receitas subiram 12,4%, impulsionadas pelo EeE (+40,6%; 43% do total), mas o lucro recorrente caiu 2,7%, com os aumentos no EeE (+83%) e no Banco CTT (+26%) a serem neutralizados pelos recuos nos Serviços Financeiros (-61%) e no Correio (-22%). Apesar da queda dos lucros, os CTT vão manter o dividendo de 0,17 euros por ação, um valor acima do que prevíamos.
O crescimento do comércio eletrónico e a compra da Cacesa e a parceria com a DHL, anunciadas no fim de 2024, vão permitir aos CTT continuar a crescer e a ganhar quota no mercado ibérico, até porque poderão existir mais aquisições.
Subimos as previsões de lucros por ação de 0,35 para 0,40 euros em 2025 e de 0,38 para 0,44 euros em 2026.
Conselho
O forte crescimento do EeE afasta a incerteza quanto ao futuro do grupo, conferindo-lhe boas perspetivas. Mas, a cotação tem subido bastante e já incorpora as boas perspetivas. Pode manter.