O grupo alimentar anunciou a cisão em duas empresas independentes. Uma entidade agregará as marcas internacionais de molhos, condimentos e pratos preparados (Heinz, Philadelphia), com um volume de negócios de 15,4 mil milhões de dólares. A outra ficará responsável pela mercearia na América do Norte (Oscar Mayer, Lunchables), com receitas de 10,4 mil milhões.
A operação, que deverá estar concluída no segundo semestre de 2026, tem como objetivo permitir que cada nova entidade relance o crescimento. A fusão, iniciada em 2015, não foi um sucesso, mas este desmembramento não resolverá necessariamente os problemas fundamentais.
A cisão parece ser sobretudo uma resposta “fácil” às dificuldades da indústria agroalimentar, incluindo a redução das margens e a alteração das preferências dos consumidores em vez de uma verdadeira redefinição estratégica. A separação coloca até em causa as sinergias e a força comercial perante o aumento dos preços das matérias-primas e a concorrência das marcas brancas.
Conselho
A cisão da Kraft Heinz põe termo à mega-fusão, cuja probabilidade de êxito sobrestimámos. No entanto, a separação não resolve os problemas estruturais e afasta as reformas essenciais para garantir a viabilidade face à evolução do mercado. Alteramos o conselho de manter para vender.
