A NOS teve lucros de 0,39 euros por ação nos nove primeiros meses do ano, mais 59,2% face a igual período de 2023 e ligeiramente acima do esperado. Na base da subida estiveram os ganhos na venda de torres de telecomunicações mas, mesmo sem este e outros fatores não recorrentes, o lucro subiu 16,4%.
As receitas cresceram 5,5% e o EBITDA aumentou 5,8%, com o negócio das Telecomunicações (96% das receitas) a beneficiar do maior número de serviços subscritos, do aumento da receita média por cliente (+2,8%) e do crescimento do segmento empresarial. Ao invés, no Audiovisuais e Exibição Cinematográfica, as receitas caíram 2,7% e o EBITDA 6%.
A nível financeiro, a solidez mantém-se e as necessidades de investimento diminuíram após a implantação da rede 5G, o que reforça a capacidade do grupo em manter a boa remuneração acionista (rendimento líquido do dividendo: 7,5%).
A NOS é uma empresa rentável e que gera boa liquidez, mas o seu espaço de crescimento é limitado pela maturidade do mercado. A entrada da Digi também deverá pressionar a rentabilidade.
Subimos a previsão de lucros por ação em 2024, de 0,42 para 0,43 euros, mas mantemos a de 2025 e 2026 nos 0,31.
A NOS tem obtido bons resultados e oferece o rendimento do dividendo mais elevado da bolsa de Lisboa. Mas a entrada da Digi deverá pressionar a rentabilidade, num mercado que já atingiu a maturidade.