A produção de eletricidade da EDP subiu 4% até setembro, graças ao aumento da produção solar (+94%) e hídrica (+52%). 97% da energia produzida proveio de fontes renováveis, em linha com o forte compromisso do grupo com a transição energética.
Apesar das operações de rotação de ativos, a capacidade instalada subiu 3% no último ano, fruto do forte investimento na energia solar e também eólica. Uma boa notícia foi o aumento significativo dos preços da eletricidade no terceiro trimestre, um sinal claro da melhoria das condições do mercado.
As notícias de que a EDP terá tentado, sem sucesso, uma aproximação à sua congénere britânica SSE, neste verão, para ganhar músculo e proteger-se de uma eventual OPA hostil reforçam um pouco o caráter especulativo do título.
Porém, e apesar do bom posicionamento do grupo nas renováveis ser atrativo para empresas de maior dimensão, a China Three Gorges detém 21,08% da EDP e teria sempre uma palavra importante nesta matéria.
Especulações à parte, os resultados do terceiro trimestre serão conhecidos a 7 de novembro. Mantemos as previsões de lucros por ação de 0,32 euros em 2024 e de 0,31 euros em 2025.
A aposta nas renováveis está bem espelhada nos primeiros dados trimestrais da atividade da EDP. O setor ainda vive algumas dificuldades, mas as perspetivas são positivas e a descida das taxas de juro é benéfica. Pode comprar.
