O EBITDA atingiu os 94,4 ME, uma redução de 9% face aos 103,7 ME do período homólogo. A margem EBITDA encolheu ligeiramente, descendo 0,3 pontos percentuais para 18,9%. O aumento na eficiência industrial e melhorias no mix de produtos não foram suficientes para compensar a queda nas vendas.
O lucro líquido caiu 29% para 36,5 ME (0,274 euros por ação), penalizado por custos não recorrentes e pela subida dos encargos financeiros.
O CEO da Corticeira Amorim expressou confiança quanto ao futuro, prevendo uma melhoria da rentabilidade devido à reorganização interna e à criação da nova unidade de negócio, a Amorim Cork Solutions, que agregará três unidades: Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation.
A empresa defende que a criação da Amorim Cork Solutions permitirá uma gestão mais eficiente das operações “não rolha”, potenciando sinergias industriais, comerciais e de suporte, além de otimizar a capacidade produtiva e as tecnologias disponíveis.
Por outro lado, as maiores preocupações estão relacionadas com o aumento dos preços das matérias-primas cortiça e o contexto adverso do mercado. As vendas caíram em todas as unidades de negócio (entre 7% a 11%), exceto na Amorim Cork Composites, que registou um crescimento de 3,2%.
Além disso, no dia 31 de julho, foi noticiada uma manifestação à porta da Sede do grupo em Mozelos, Santa Maria da Feira acompanhada de uma greve que durou até ao fim do mesmo dia. Parece que a estratégia de corte de custos da Corticeira Amorim pode levar a um braço de ferro com os trabalhadores do setor.