A Secil (24% do volume de negócios) teve uma variação positiva em Portugal, que compensou os resultados menos favoráveis noutros mercados. O somatório dos outros negócios gerou os restantes 2%, já incluindo a Triangle’s que foi adquirida o ano passado.
O EBITDA aumentou 14,4%, para os 379,1 ME, com a Navigator a contribuir com 298,8 ME, a Secil com 76,5 ME e os outros negócios com 2,2 ME. A margem EBITDA subiu para 26,4%, um acréscimo de 1,7 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023.
Os lucros tiveram um aumento de 22,5% no primeiro semestre de 2024, atingindo 131,8 ME, em comparação com os 107,6 ME registados no mesmo período de 2023.
Para o restante do ano, prevê-se que a procura por pasta e papel possa fraquejar a nível global e espera-se uma ligeira diminuição dos preços, o que pode pressionar os resultados da Navigator. A Secil deverá continuar a crescer em Portugal e a recuperar no Brasil, o que compensa as dificuldades que tem sentido no Líbano e na Tunísia.
Conselho
O desempenho no primeiro semestre de 2024 foi bom, com crescimento dos lucros e das margens. Revemos em alta as nossas estimativas de lucros por ação para 3 euros em 2024 (anteriormente 2,8 euros) mas mantemos os 3 euros para 2025.
A Semapa tem participações de qualidade e a sua cotação atual apresenta um desconto interessante face ao valor dos ativos. No entanto, se os resultados da Navigator ficarem aquém do esperado, a cotação da Semapa vai ressentir-se no curto prazo. Para já, limite-se a manter o título em carteira.