Os resultados do primeiro trimestre no BCP não trouxeram grandes surpresas, mas registaram um crescimento de 8,4% face ao período homólogo, para os 0,016 euros por ação, ficando ligeiramente acima do que esperávamos. Na base da atividade bancária, a margem financeira progrediu 4,8% enquanto as comissões permaneceram estáveis (+0,5%).
Por sua vez, os custos operacionais aumentaram 14,7%, com uma subida de 14,8% dos custos de pessoal, sobretudo nas operações internacionais (+23,8%) com a expansão da atividade, mas também em Portugal (+7,5%). Do lado da redução de custos, destaque para a diminuição de 8,5% das imparidades de crédito e de outras imparidades e provisões (-38,9%).
Por fim, a redução de 50% da provisão para impostos, graças sobretudo a um ativo por imposto diferido, reconhecido na Polónia, que foi uma boa ajuda para a progressão de 8,4% dos lucros líquidos do grupo no período.
Revemos em alta as nossas previsões de lucros por ação para 0,053 euros em 2024 (0,051antes) e 0,056 euros em 2025 (0,053 antes).
Conselho
Os resultados foram bons e o BCP beneficiou da conjuntura de taxas de juro elevadas que é favorável à atividade bancária. O dividendo relativo a 2023 foi aprovado: 0,017 euros brutos. O payout foi de 30% dos lucros, mas deverá aumentar para 50% já a partir do exercício em curso