No terceiro trimestre, os resultados ficaram novamente acima do esperado, atingindo 0,015 euros por ação, face a 0,002 euros no período homólogo e mais 9,8% que no segundo trimestre. De janeiro a setembro, o BCP obteve lucros de 0,043 euros por ação (0,006 no período homólogo).
Na base destes bons resultados, está o forte crescimento da margem financeira (+37%), com o BCP a beneficiar da subida das taxas de juro e a aumentar mais o custo dos créditos do que a remuneração dos depósitos de clientes. Além disso, as comissões permaneceram estáveis (+0,8%), mas os outros proveitos passaram de um saldo negativo de 55 milhões de euros (ME), nos primeiros nove meses de 2022, para um ganho de 96,7 ME em igual período deste ano. Isto, graças à mais-valia de 127 ME na venda da Millennium Financial Services na Polónia. E também porque as contribuições regulamentares que o banco tem de pagar diminuíram em Portugal (-18%) e sobretudo na Polónia (-89,1%) com o plano de recuperação do Bank Millennium (BCP detém 50,1%).
Revemos em alta as nossas estimativas de lucros por ação. Para este ano, prevemos agora 0,048 euros (0,037 antes). Em 2024, estimamos 0,050 euros (0,040 antes).
Conselho
A subida das taxas de juro beneficiou o BCP que voltou a apresentar bons resultados. Contudo, a conjuntura de abrandamento económico não é positiva para a atividade bancária. Manter.