O lucro da Sonae subiu 6,4% em 2023, em base comparável, para 0,19 euros por ação, um valor um pouco acima do que prevíamos. O volume de negócios cresceu 9,2%, estimulado pela Sonae MC (+10,5%) que gerou quase 80% do total, e o EBITDA subiu 7,2%, com a margem a cair ligeiramente (de 12 para 11,8% em 2023) devido às pressões inflacionistas. A estimular os lucros de 2023 estiveram ainda as mais-valias obtidas com a venda de ativos (Sport Zone…), que compensaram a subida dos custos financeiros e das amortizações.
Entretanto, a Sonae adquiriu 80,65% da finlandesa Musti por 700 ME, líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, e 89,1% da francesa Diorren por 160,5 ME, que produz ingredientes para a indústria da nutrição a partir de resíduos alimentares. As duas compras visam internacionalizar e potenciar o crescimento do grupo com negócios promissores, que têm crescido bem, quer nas receitas quer na rentabilidade. Outros setores onde a Sonae tem feito investimentos, embora de menor valor, é na tecnologia e imobiliário comercial.
Descemos um pouco as previsões de lucros por ação, de 0,12 para 0,11 euros, em 2024 e de 0,13 para 0,12, em 2025.
A Sonae procura dar um novo impulso ao crescimento, através de aquisições em setores promissores mas não deverá fazer novas compras de valor elevado.
A estratégia é correta. Pode comprar.
