Os lucros da EDP cresceram 40% em 2023, para os 0,23 euros por ação, mas ficaram abaixo das expectativas devido a elevadas imparidades não recorrentes no Brasil, Colômbia e Portugal.
Apesar da queda dos preços de venda da eletricidade, o lucro subiu graças à normalização da produção hídrica, após a seca extrema de 2022, à redução dos custos de abastecimento de gás e eletricidade (com impacto positivo nas margens), ao aumento dos resultados no Brasil, já que, após a OPA, a EDP passou a deter 100% da EDP Brasil, e a elevados ganhos com vendas de ativos.
A nível financeiro, apesar do aumento do preço médio da dívida, os resultados estabilizaram. A dívida subiu 16% graças à aceleração do investimento em renováveis e redes de eletricidade.
Sem surpresa, a empresa propõe um dividendo de 0,195 euros por ação, um pouco acima dos 0,19 do ano anterior e que equivale a um rendimento de 5,2%.
Apesar da conjuntura menos favorável, o grupo mantém a aposta nas energias renováveis, que já representam 87% da produção total, e deu passos decisivos para sair do carvão até ao final de 2025.
Mantemos a previsão de lucro por ação de 0,30 euros em 2024 e 0,31 em 2025.
Conselho
Apesar da conjuntura mais desafiante nas renováveis, que só deve melhorar a partir de 2025, os negócios hídrico na Península Ibérica e das redes de eletricidade no Brasil conferem boas perspetivas para os resultados de 2024. Pode comprar.