Terminado a 15 de fevereiro o prazo previsto da OPA sobre a finlandesa Musti, líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, o consórcio liderado pela Sonae apenas conseguiu 42,99% do capital (objetivo era de pelo menos 90%), pelo que optou por prolongar o prazo da oferta até ao dia 6 de março. Agora, com as ações já adquiridas, a Sonae já assegurou 50,1% da Musti, garantindo o seu controlo.
Dada a dimensão desta operação, que avalia a Musti em 868 ME, a Sonae não prevê fazer mais grandes aquisições nos próximos anos, até porque também está em negociações exclusivas para comprar, por 152 ME, 89% da francesa Diorren, que produz ingredientes para a indústria da nutrição a partir de resíduos da produção alimentar.
Estas aquisições, para além de fomentarem a expansão internacional do grupo, visam reforçar a sua presença em negócios com maior potencial de crescimento, adquirindo empresas que têm tido nos últimos anos um crescimento acima de 2 dígitos das receitas e da rentabilidade.
Enquanto aguardamos os resultados de 2023 (dia 14 de março), mantemos as previsões de lucros por ação de 0,12 euros em 2024 e de 0,13 em 2025.
Conselho
O elevado peso do retalho alimentar, um negócio consolidado, tem levado a Sonae a procurar novas áreas de crescimento, o que nos parece uma boa estratégia. Pode comprar o título.