A administração da GreenVolt diz que a contrapartida de 8,30 euros oferecida pela americana KKR na OPA sobre a empresa é um preço justo, apesar de ser 17% inferior aos 10 euros a que a KKR avaliou a empresa há um ano, quando investiu 200 ME na compra de obrigações convertíveis.
A OPA, cujo calendário ainda não é conhecido, surgiu após um acordo entre a KKR e 7 acionistas de referência da empresa para a aquisição de 60,86% do capital. Se a este valor juntarmos a possível conversão em ações das obrigações convertíveis da KKR, que pode ser feita antes dos 3 anos estipulados se houver alteração do controlo da empresa (como é o caso), a KKR pode assegurar uma posição de até 66,63% do capital da GreenVolt, sem ter de adquirir ações na OPA. A administração considera ainda que a OPA pode acelerar o plano de negócios e o crescimento da empresa através de eventuais futuros aumentos de capital do novo acionista.
Apesar de alguns constrangimentos de curto prazo, as energias renováveis e a GreenVolt têm um bom potencial de crescimento. Prevemos lucros por ação de 0,34 euros em 2024 e 0,53 em 2025.
Conselho
Os 8,30 euros não refletem todo o potencial da GreenVolt mas o sucesso da OPA e a sua saída de bolsa são prováveis. Mantemos o conselho de compra enquanto a cotação estiver abaixo dos 8,30, até para beneficiar de uma eventual subida do preço da OPA.