O maior acionista do BCP, o grupo Fosun, reduziu a sua participação de 25,63% para 20,03% do capital social, mas ainda continua a ser o maior acionista do banco. Isto depois de nos últimos meses já ter diminuído a sua posição de 29,95% para 25,63%. A explicação dada pelo grupo chinês é que se trata meramente de uma decisão de investimento e que pretende continuar a ser um acionista de referência do BCP. Além disso, a Fosun afirmou que continua otimista em relação ao mercado português e que continuará a apoiar o desenvolvimento do banco.
Esta venda surgiu depois da forte valorização do BCP (+87,4% em 2023) e permitiu à Fosun obter um encaixe de 235 milhões de euros para o fundo de maneio do grupo num contexto marcado por alguma pressão sobre a dívida. O preço de venda foi de 0,2780 euros por ação, um desconto de 3,3% face à cotação de fecho da sessão do dia anterior ao anúncio da venda. Na sessão bolsista seguinte, a cotação caiu 6,75%, mas não alteramos o nosso conselho de manter o título em carteira.
Conselho
Esta alteração na posição acionista tem pouco impacto e por isso não aumenta, pelo menos por enquanto, o potencial especulativo da ação. Depois da Fosun, o segundo maior acionista do BCP é a empresa petrolífera angolana Sonangol que detém 19,49% do capital social. Enquanto aguardamos a divulgação de resultados anuais, que serão conhecidos a 26 de fevereiro, mantemos a estimativa de lucros por ação de 0,048 euros em 2023 e de 0,050 em 2024.