No primeiro trimestre, os lucros do BCP cresceram 90,5% face a igual período do ano passado, para os 215 milhões de euros (ME), ou seja, 0,014 euros por ação. Um valor que superou as expectativas devido sobretudo a significativos ganhos não recorrentes (127 ME) obtidos na Polónia com a venda pelo Bank Millennium da participação de 80% na Millennium Financial Services, no âmbito da parceria estratégica na área de bancassurance.
Assim, a atividade da Polónia, conseguiu gerar uma contribuição positiva para o grupo, apesar dos elevados custos (206 ME) que foram registados no período, associados à carteira de créditos em francos suíços concedidos no passado na Polónia.
Além disso, o BCP beneficiou da subida das taxas de juro que impulsionaram a margem financeira (+42,9%), obtida pela diferença entre os juros cobrados pelo banco nos créditos concedidos e os que ele paga pelos depósitos dos clientes. As comissões progrediram 1,3%, mas os resultados em operações financeiras triplicaram, graças aos ganhos obtidos na Polónia com a venda acima referida.
Revemos em alta as estimativas de lucros por ação para 2023, de 0,024 para 0,032 euros. Para 2024, prevemos agora 0,035 euros (0,033 antes).
O nosso conselho
A conjuntura de subida das taxas de juro é bastante positiva para a margem financeira e para os lucros do BCP. Pode manter.
Cotação à data da análise: 0,23 euros