A Jerónimo Martins (JM) obteve lucros de 0,57 euros por ação no primeiro semestre, mais 36,4% face a igual período de 2022.
A inflação voltou a estimular as vendas do grupo (+22,1%) e, apesar da pressão sobre as margens (a margem EBITDA caiu de 7,2 para 6,9%), o lucro operacional subiu 26,5%.
O mercado polaco (71% das vendas), manteve um bom dinamismo. Na Colômbia, apesar da conjuntura económica adversa, o grupo continua a investir na abertura de novas lojas.
Em Portugal, realce para o forte crescimento do “Recheio” devido ao boom do turismo.
A inflação tem estimulado as vendas e a esperada pressão sobre as margens tem sido bem gerida, pelo que a conjuntura tem impulsionado os resultados.
Ao invés, com a esperada diminuição da inflação, o crescimento das vendas e dos lucros deverá diminuir, o que a par do estimado abrandamento económico tem afetado a cotação em bolsa nas últimas semanas (-18,1% desde o máximo de julho).
Apesar da pressão a curto prazo, a JM é uma empresa de qualidade, com uma dívida controlada e estratégia bem sucedida.
Subimos de novo as estimativas de lucros por ação de 1,05 para 1,17 euros em 2023 e de 1,11 para 1,21 euros em 2024.
Conselho
A queda da inflação terá um efeito negativo no aumento das vendas e do lucro mas a estratégia de crescimento do grupo continuará a dar frutos.
Apesar da ação estar um pouco cara, mantenha.