A Mota-Engil tem sido um destaque nos últimos tempos, a sua cotação em bolsa subiu cerca de 45% nos últimos três meses e acumula um ganho de mais de 90% desde o início do ano. Devido, sobretudo, à divulgação de contratos valiosos em Portugal, América Latina, e agora, em África.
Recentemente, a empresa obteve um marco importante, com as suas ações a atingirem o valor mais alto em quatro anos, alcançando 2,28 euros por ação.
A mais recente notícia dá conta da aprovação da Comissão Europeia para a criação de uma "joint-venture" entre a Mota-Engil, a multinacional suíça Trafigura e a belga Vecturis. Essa parceria visa a construção, manutenção e operação da linha férrea do corredor de Lobito, em Angola. A Mota-Engil África detém uma participação de 49,5% nesse consórcio. Prevê-se um investimento total de 410 milhões de euros.
Além da luz verde a esta parceria estratégica, a Mota-Engil também comunicou, recentemente, contratos noutros países africanos com um valor agregado de cerca de 650 milhões de euros. Depois de já ter anunciado 890 milhões de euros em contratos na América Latina também este ano. A empresa encerrou o ano de 2022 com uma carteira de encomendas recorde nos seus 75 anos de existência, ao atingir os 12,6 mil milhões de euros.
As parcerias estratégicas e o crescimento da carteira de encomendas têm certamente um impacto positivo nas perspetivas da Mota-Engil.
Por outro lado, ultrapassar as dificuldades de rentabilização dos projetos e gerir da melhor forma o elevado nível de dívida ainda são desafios para a gestão do grupo. Embora já se notem melhorias significativas, ainda existe algum ceticismo. Mantenha.