Subsídio de Natal: onde investir para rentabilizar o dinheiro
Se tem já uma reserva financeira, a prioridade seguinte é o planeamento a longo prazo.
Se tem já uma reserva financeira, a prioridade seguinte é o planeamento a longo prazo.
Em setembro e outubro o Estado foi generoso e decidiu reter menos IRS, engordando o seu salário líquido. Novembro é, por norma, também sinónimo de um acréscimo de rendimento. Esta é uma excelente oportunidade para criar dois tipos de poupança:
Cumpridos estes dois objetivos, aproveite esta entrada extra de dinheiro para investir em fundos de investimento.
Um fundo de emergência requer liquidez. Isto é, o dinheiro deve estar facilmente disponível quando necessário. Para tal, privilegie os depósitos a prazo, com taxas mais altas, e, eventualmente, os Certificados de Aforro.
Se tem já uma reserva financeira, a prioridade seguinte é o planeamento a longo prazo, e os planos de poupança reforma são a melhor opção, para criar um rendimento extra quando se retirar da vida ativa. A sua idade e o seu perfil de risco não podem ser descurados no momento de escolha do produto: se está longe da idade da reforma, prefira fundos PPR; se está a menos de 10 anos, opte por um seguro PPR.
Ainda que a esperança de vida aumente de ano para ano, é importante diminuir o risco gradualmente a partir dos 57 anos. Quem tem já um plano de poupança, pode aplicar as restantes poupanças em fundos de investimento. Deste modo, aproveita a valorização das bolsas, consegue um rendimento superior a longo prazo e contorna a inflação.
Pela sua simplicidade, o depósito a prazo é o produto financeiro mais popular em Portugal. A par dos Certificados de Aforro, é a aplicação indicada para fazer face a imprevistos, porque tem elevada liquidez. Ou seja, facilmente resgata o dinheiro.
Por outro lado, é o produto mais penalizado pelo efeito da inflação, já que as poupanças ficam paradas. No final do prazo, recebe um rendimento que, na maior parte das vezes, fica abaixo da inflação (1,9% em 2025 e 1,8% em 2026, segundo estimativas recentes do Banco de Portugal). É, por isso, essencial escolher um depósito com taxa líquida superior.
É aconselhável, no contexto atual, em que as taxas dos depósitos estão em queda e se prevê que assim continuem, optar por depósitos até 2 anos, que permitam a mobilização antecipada. Alguns bancos não deixam levantar o capital antes do final do prazo, o que é uma desvantagem caso necessite dele. Além disso, alguns depósitos, sobretudo os que proporcionam taxas mais elevadas, exigem montantes mínimos altos (25 ou 50 mil euros). E cobram pesadas comissões de manutenção de conta. Tenha atenção a estas questões antes de formalizar o depósito.
Quanto aos Certificados de Aforro, a taxa base em novembro está nos 2,044% brutos, ou seja, 1,5% líquidos. Portanto, abaixo das remunerações proporcionadas pelos melhores depósitos e, em termos líquidos, abaixo da inflação estimada.
Ainda assim, estes títulos da dívida do Estado têm vantagens: o mínimo de subscrição é baixo (100 euros); permitem entregas a qualquer momento a partir de 10 euros; capitalizam juros a cada três meses; podem ser resgatados em qualquer altura, após o primeiro trimestre; o prazo máximo é de 15 anos, o que permite fazer uma poupança de longo prazo com entregas regulares ou ocasionais; beneficiam da garantia do Estado; e têm um prémio de permanência, que varia entre 0,25% e 1,75 por cento.
A taxa base dos Certificados de Aforro é calculada de acordo com as últimas 20 observações da Euribor a três meses. Como a expectativa é de um ligeiro abrandamento da Euribor nos próximos meses, é praticamente certo que a taxa-base dos Certificados deverá descer um pouco mais. Descubra quanto pode ganhar no simulador de Certificados de Aforro.
A criação de um complemento à pensão de reforma deveria ser uma das principais preocupações financeiras. Sobretudo de quem tem, neste momento, menos de 40 anos de idade, já que deverá sofrer os maiores cortes nas pensões. Segundo o último "Ageing Report", em 2050, as pensões do sistema público deverão corresponder a apenas 38,5% do último salário.
Há vários produtos destinados a esse fim que até proporcionam benefícios fiscais. É o caso dos já mencionados PPR, dos Certificados de Reforma e dos fundos de pensões. A variedade de oferta e a flexibilidade do produto levam nos a preferir os PPR. Têm a vantagem de permitirem entregas regulares de pequenos montantes e podem ser resgatados sem penalizações fiscais em caso de doença grave, desemprego prolongado, incapacidade para o trabalho e até para pagar as prestações da casa.
Existem sob a forma de seguro, geralmente com capital garantido e rendimento mínimo, ideais para quem tem mais de 57 anos. E também existem sob a forma de fundo de investimento, por regra sem capital garantido. Estes são mais adequados para quem está longe da reforma. Quanto mais jovem for o investidor, maior deve ser a percentagem de ações no PPR escolhido, já que pode assumir mais risco em troca de maior rentabilidade.
Comissão de subscrição: 2% (0% para subscritores)
Rentabilidade em 2024: 1,6%
Rentabilidade a 5 anos: 1,6% ao ano (2020-2024)
Comissão de subscrição: 0%
Rentabilidade a 12 meses: 8,6%
Rentabilidade a 5 anos: 3,6% ao ano
Comissão de subscrição: 0%
Rentabilidade a 12 meses: 6,9%
Rentabilidade a 5 anos: 4,9% ao ano
Comissão de subscrição: 2%
Rentabilidade a 12 meses: 11,9%
Rentabilidade a 5 anos: 9,8% ao ano
Após criar um fundo de emergência e subscrever um PPR, pode investir as restantes poupanças numa carteira de fundos. Tem a vantagem de não requerer quantias avultadas, mas deve investir sempre numa perspetiva de longo prazo, para colmatar as oscilações do mercado. Por exemplo, nos últimos anos, os fundos, em geral, foram bastante penalizados devido ao efeito da guerra na Ucrânia, a subida da inflação e, mais recentemente, a política de tarifas de Trump. Ainda assim, nos últimos meses, tiveram recuperações.
Recomenda-se, por isso, que invista por prazos acima de cinco anos, de forma a recuperar de crises que possam ocorrer. Por regra, o capital não é garantido e a carteira dos fundos pode refletir diferentes fatores de risco: risco de perda de capital, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, risco operacional, risco de taxa de juro, risco cambial. Todavia, o potencial de rendimento é superior ao dos depósitos a prazo ou títulos de dívida do Estado.
Como a carteira dos fundos é constituída por vários produtos financeiros, o risco, ao contrário de ações individuais, é diluído. Se nada sabe sobre como funcionam os fundos e procura uma alternativa simples para aplicar as poupanças, pode optar pelo fundo que replica a carteira dinâmica da DECO PROteste Investe. Trata-se do fundo Optimize Selecção Agressiva.
Esta solução de investimento assenta na seleção de fundos por nós recomendada, que se baseia numa análise rigorosa de histórico de rentabilidades, níveis de risco e composição de carteiras. Esta carteira é constituída por 70% de ações e 30% de obrigações. Por norma, quanto maior a percentagem de ações, maior o risco, mas também o potencial de rendimento.
O fundo Optimize Selecção Agressiva rendeu 4,9%, nos últimos 12 meses, e 4,4% por ano, nos últimos 5 (até final de outubro). A 10 anos, a carteira dinâmica rendeu 4,6% brutos. O montante mínimo de investimento é de 10 euros. Os subscritores da DECO PROteste Investe beneficiam da redução da comissão de gestão e recebem um prémio de fidelização anual de 0,4% sobre o valor mantido no fundo.