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Fundos PPR: 5 planos que recomendamos
Há 7 anos - 19 de maio de 2015A principal vantagem dos PPR era o benefício fiscal que proporcionavam “à entrada”, pois permitiam deduzir 20% das entregas anuais efetuadas até 300, 350 ou 400 euros, consoante a idade do subscritor. Mas, a partir de 2015 as regras mudaram: os limites são em função da idade do subscritor (400 euros até aos 35 anos, 350 euros entre os 35 e os 50 anos ou 300 euros para quem tenha mais de 50 anos) conjugado com os limites das deduções à coleta totais.
No entanto, os PPR, mantêm o benefício fiscal “à saída”, ou seja, a taxa de imposto reduzida (8%), desde que respeitadas as condições (caso contrário, o imposto é de 21,5%). Esta vantagem fiscal é uma das razões pela qual ainda recomendamos este produto. Assim, se a aplicação durar, pelo menos, cinco anos e o resgate ocorrer dentro das condições previstas na lei (na aposentação, após os 60 anos, em caso de desemprego de longa duração, doença grave, incapacidade para o trabalho, falecimento do titular ou pagamento de prestação do crédito à habitação própria permanente), o rendimento será tributado a 8%, para entregas posteriores a 2006 (sendo 4% nas entregas anteriores).
Ganhos atingem os 17%
Há PPR sob a forma de seguro com capital garantido e, na maior parte das vezes, com um rendimento mínimo, e sob a forma de fundo de investimento (ou de pensões), geralmente sem capital garantido, mas há exceções.
Nesta análise debruçamo-nos sobre os PPR sob a forma de fundo. Dividimos os fundos em três categorias: os que garantem o capital (apenas dois fundos), os que aplicam entre 0 e 35% em ações (24 fundos), que apresentam um risco moderado, e os que aplicam mais de 35% em ações (9 fundos). No global, nos últimos 12 meses os fundos ganharam, em média, 8%. Todas as categorias ganharam, mas há diferenças a destacar: por exemplo, os que mais valorizaram foram os fundos PPR com maior percentagem de ações (10%, em média), tendo uma das nossas Escolhas Acertadas, o Optimize Capital Reforma PPR Ações, atingido a melhor valorização (16,6%).
Alguns PPR são mais agressivos, apresentando uma maior percentagem de investimento em ações, mas limitada ao máximo de 55%. Esta classe de PPR ganhou 10% no último ano e 7,6% nos últimos três anos, ficando próximo dos fundos mistos neutros (9,3% nos últimos 12 meses e 7,4% nos últimos três anos). Os fundos mistos defensivos e neutros são as categoria que mais de assemelham aos PPR.
Ainda têm comissões elevadas
Depois do rendimento, um dos nossos critérios na seleção das Escolhas Acertadas são as comissões. Esta é das categorias de fundos com maiores custos para o subscritor, especialmente na subscrição e gestão. Os fundos PPR cobram, em média, 1,3% pela subscrição e 1,7% pela gestão. Algumas sociedades gestoras não cobram comissões de subscrição e resgate. É cada vez mais sensata essa opção, até porque se tratam de fundos semelhantes a fundos mistos, cuja comissão de subscrição é praticamente nula. Quanto à comissão de transferência dos PPR é, no máximo, de 0,5% e apenas permitida nos produtos de capital garantido, como a maioria dos seguros. Se tem um fundo PPR, sem capital garantido, transferir para outro PPR não acarreta quaisquer custos.
5 Boas Escolhas e com vantagens
Se já tem um PPR e o desempenho deixa muito a desejar, pode e deve transferi-lo para um PPR mais rentável e com menos comissões. Para novos investimentos, ou se pretende transferir, as nossas cinco Escolhas Acertadas são as seguintes:
• Para quem queira o capital garantido ou esteja a 10 anos da reforma, opte por um PPR com o capital garantido, seja sob a forma de seguro ou fundo. Os fundos de capital garantido são poucos, apenas dois, que recomendamos: o PPR SGF Garantido que garante um rendimento mínimo de 1% para este ano, mas nos últimos 12 meses valorizou 5%; e, 4,7% nos últimos cinco anos. Recomendamos ainda o PPR Garantia de Futuro (4,9% nos últimos doze meses e 3,9% nos últimos 5 anos).
• Se está a mais de 10 anos da reforma, pode e deve aplicar em PPR com algum investimento em ações. Nos PPR defensivos e neutros, os fundos Optimize Capital Reforma PPR Moderado e Equilibrado e são duas boas opções: conseguiram 13,7% e 11,8%, respetivamente, nos últimos doze meses. Se estiver muito distante da reforma e aceita um risco superior, o melhor será optar por um PPR com maior percentagem de ações, na classe dos que aplicam entre 35 e 55% no mercado acionista. O Optimize Capital Reforma PPR Ações é o que tem revelado melhor desempenho e estabilidade (16,6%, no último ano).
Por sua vez, nos PPR defensivos e neutros, o NB PPR, que foi nossa Escolha durante vários anos mantém bons resultados: 11,6% nos últimos 12 meses e 11,1% nos últimos cinco anos. Se tem, deverá manter o NB PPR. O Alves Ribeiro PPR apresenta um risco mais elevado e até atípico para esta categoria de fundos. Por isso não é recomendado.
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