A pensão média dos portugueses deverá passar de 69,4% do último salário para um valor médio de 38,5%, em 2050, revelam as projeções da Comissão Europeia. Ou seja, se o atual sistema da Segurança Social não for alterado, de acordo com o Ageing Report de 2024, os futuros pensionistas poderão ficar com menos 61,5% do seu rendimento mensal. É um cenário bastante negativo, que confirma a necessidade de se iniciar o mais cedo possível uma poupança de longo prazo.
A DECO PROteste Investe recomenda que se crie um complemento à pensão de reforma quando se entra no mercado de trabalho. Se começar aos 40 anos, já vai tarde. Não importa que a quantia aplicada seja modesta, desde que o faça de uma forma regular e continuada ao longo do tempo. O efeito de capitalização ajudará ao crescimento da poupança.
O aumento da esperança média de vida e a diminuição da população ativa contribuirão para a insustentabilidade da Segurança Social a partir de meados do século xxi. A título de exemplo, o rácio de dependência de idosos, ou seja, a proporção entre a população com mais de 65 anos e a população em idade ativa (20-64 anos), deverá aumentar de forma acentuada nos próximos 26 anos. Ou seja, deveremos passar de 40 idosos (dados de 2022) para 69 por cada 100 trabalhadores a contribuir para a Segurança Social. Números preocupantes para quem tem, atualmente, menos de 50 anos, dado que os inquéritos anuais da DECO PROteste sobre a situação financeira dos portugueses revelam e confirmam a dificuldade da maioria da população em poupar.
Acompanhe os nossos conselhos sobre a reforma.
| Taxa de substituição na reforma | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| 2022 | 2030 | 2040 | 2050 | 2060 | 2070 |
| 69.40% | 79.90% | 90.10% | 38.50% | 40.10% | 38.90% |
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROteste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.