Crédito à habitação a 40 anos: uma boa ideia?
Publicado em: 15 setembro 2025Autor: Equipa da DECO PROteste Investe
Autor: Equipa da DECO PROteste Investe
Não. É certo que um crédito a 40 anos reduz as prestações mensais, mas aumenta de forma significativa os custos totais. Ao optar por um prazo mais curto, consegue-se poupar muitos milhares de euros e preservar uma maior margem financeira para o futuro. Vale a pena refletir não apenas sobre o valor das prestações, mas sobretudo sobre o custo total do empréstimo.
Montante: 250 000 euros, taxa de juro de 3%, casal com 25 anos de idade.
A diferença é clara: com um empréstimo a 30 anos, poupa-se mais de 63 400 euros.
Embora um crédito a 30 anos implique uma prestação mensal cerca de 159 euros mais elevada, permite uma poupança significativa no longo prazo. Um esforço diário adicional de pouco mais de 5 euros traduz-se em mais de 63 400 euros de poupança.
Além disso, a inflação reduz o peso real das prestações ao longo do tempo, enquanto os salários tendem a aumentar. Este fenómeno torna o reembolso mais suportável com o passar dos anos, pelo menos até chegar à reforma.
Um prazo mais longo prolonga os custos financeiros. Existe o risco de ainda estar a pagar o crédito após a reforma, momento em que os rendimentos poderão ser mais baixos, ou numa fase em que o imóvel necessite de obras.
Com um prazo mais curto, reduz-se esse risco. Além disso, em caso de dificuldades, a instituição financeira pode sempre prolongar o prazo para aliviar as prestações. O essencial é não escolher um prazo demasiado curto que torne o reembolso incomportável desde o início, não ultrapassando a taxa de esforço.
Não é obrigatório optar por 30 ou 40 anos. Por exemplo, um crédito a 35 anos pode ser um bom compromisso, permitindo poupar sem prestações mensais demasiado pesadas.
Contudo, o prazo é flexível até aos limites definidos pela idade dos mutuários. Quem tem até 30 anos, pode contratar um financiamento com o prazo máximo de 40 anos. Se tiver mais, entre os 31 e 35 anos, o prazo é de 37 anos. Para quem tem mais de 35 anos, o limite é de 35 anos. Além disso, os bancos não costumam permitir que o contrato se prolongue para além dos 75 anos de idade dos mutuários.
Igualmente, nos empréstimos de prazo mais curto, é mais fácil conseguir taxas de juro mais baixas. Pelo contrário, nos créditos a 40 anos a concorrência é menor, o que dificulta a negociação de melhores condições. Vale sempre a pena negociar com diferentes instituições e solicitar várias propostas.
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