Bolsas fecharam a semana no verde, embora sem grande entusiasmo, pois a incerteza mantém-se elevada. O Stoxx Europe 600 valorizou 0,7%, o S&P 500 1,9% e o Nasdaq 2%. As tecnológicas (+1,9%) estiveram em evidência após a divulgação dos resultados da Nvidia (+2,9%), que foram bem recebidos no mercado.
A Tesla ganhou 2,1%, a Texas Instruments subiu 3,7% e a Melexis progrediu 3,2%. O setor de semicondutores avançou 2,3%. Os mercados reagiram com tranquilidade às alterações na frente comercial, após um tribunal de recurso americano ter levantado o bloqueio de parte das tarifas anunciadas por Trump.
Apesar da notícia ser positiva, a sucessão de anúncios causa incerteza e dificulta a avaliação dos potenciais danos que as políticas de Trump podem causar aos investidores, à Fed e às empresas.
O setor de defesa europeu (+4,8%) atingiu novo máximo histórico, à boleia da Thales (+4%), da BAE Systems (+3,2%) e da Rheinmetall (+6,4%). O Conselho da UE aprovou o “Security Action for Europe”, um mecanismo de empréstimo de 150 mil ME, concebido para reforçar a aquisição e a produção de equipamento militar na Europa.
O setor siderúrgico beneficiou do acordo para a aquisição da US Steel pela Nippon Steel. Na Europa, a ThyssenKrupp (+0,5%) irá reorganizar-se numa holding para facilitar os IPO das suas subsidiárias. A ArcelorMittal (+1%) e a Aperam (+1,7%) beneficiaram destes desenvolvimentos no sector.
Os sectores europeus mais defensivos foram vítimas de uma ligeira tomada de mais-valias: utilities (-0,1%) e telecomunicações (-0,7%).
Lisboa continua em alta
A bolsa nacional seguiu a tendência positiva das congéneres mundiais e ganhou 0,8% na semana. A Ibersol (+5,1%) liderou os ganhos, após apresentar um crescimento de 17,8% do volume de negócios e +40,9% do EBITDA. Mas o prejuízo trimestral subiu devido a mais amortizações.
Já a Mota-Engil obteve uma subida de 35% do lucro trimestral e mantém uma boa carteira de encomendas, mas a cotação corrigiu 5,4%, após a forte subida recente e, em 2025, está a valorizar 54,1%.
Pela positiva, destaque ainda para o BCP (+3,6%, que fixou um novo máximo desde finais de 2015 e para os CTT (+3,1%), que beneficiaram do bom momento da empresa de encomendas.
No setor energético, a semana também foi positiva, com a EDP Renováveis a ganhar 2,4%, a REN a subir 2,3% e a EDP a valorizar 0,3%, todas a refletir a descida das taxas de juro de mercado. A Galp subiu 2,4%, apesar da descida de 1,4% do petróleo.
Números da semana
+15,9%
Estimulada pelas fortes subidas, em 2025, da Mota-Engil (+54,1%), BCP (+47,6%), CTT (+37%) e Sonae (+33,5%), entre outras, a bolsa de Lisboa já acumula ganhos de 15,9% desde o início do ano. Ainda assim, há mercados mais atrativos. Diversifique os seus investimentos.
+33%
O lucro por ação da Nvidia subiu 33% (em base comparável) no primeiro trimestre e superou as previsões. Os resultados, eram muito aguardados pelo mercado e não dececionaram, confirmando o forte crescimento do grupo, cujo ritmo deverá abrandar no futuro.
Top subidas
Euroapi +11,0%
GlaxoSmithKline +5,7%
Postnl +5,2%
Ibersol +5,1%
Bpost +4,4%
Top descidas
Vallourec -11,4%
Carrefour -9,8%
Corticeira Amorim -6,4%
Altri -6,2%
Mota-Engil -5,4%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,7% |
EUA S&P 500 | +1,9% |
EUA Nasdaq | +2,0% |
Lisboa PSI | +0,8% |
Frankfurt DAX | +1,6% |
Londres FTSE 100 | +0,6% |
Tóquio NIKKEI 225 | +2,2% |
Variação das cotações entre 23/05/25 a 30/05/25, em moeda local.
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