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Alerta de burlas com plataformas de investimento falsas - Hawkensley e Cripto.pt

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Os esquemas de burla estão em constante mutação e surgem frequentemente sob novas marcas e nomes

Publicado em: 10 abril 2025
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Os esquemas de burla estão em constante mutação e surgem frequentemente sob novas marcas e nomes

Estas entidades apresentam-se como empresas especializadas em mercados financeiros ou criptomoedas, operam com aparente profissionalismo e prometem retornos rápidos, mas têm como objetivo único lesar financeiramente os utilizadores. 

Como saber se está perante uma burla antes de investir? 

Recebemos relatos de lesados por entidades como a Hawkensley e a Cripto.pt, mas mais do que fixar os nomes destas “empresas”, é essencial estar atento aos sinais de alerta típicos de burla.

Estes esquemas estão em constante mutação e surgem sob novas marcas/nomes, mas exploram mecanismos semelhantes para enganar os investidores.

1-Verifique se a entidade está registada na CMVM, Banco de Portugal ou noutra autoridade de supervisão credível como a CNMV (Espanha) ou o BaFin (Alemanha). 

2-Analise o site e os termos e condições do serviço. Erros ortográficos ou linguagem muito comercial e vaga e termos e condições mal escritos, genéricos ou difíceis de encontrar são sinais de alerta. 

3-Pesquise avaliações reais em fontes independentes como Google reviews ou Trustpilot. 

4-Teste o apoio ao cliente com perguntas concretas, as respostas vagas ou evasivas devem levantar suspeitas. 

5-Desconfie de promessas de elevado lucro garantido num investimento sem risco, isso não existe.  

6-Nunca ceda à pressão para investir de imediato, a urgência é uma técnica comum em esquemas fraudulentos.

Já investi, como saber se fui vítima de burla? 

  • Após o investimento inicial, os utilizadores veem os seus saldos aumentar dentro da plataforma, o que gera confiança e, muitas vezes, leva a novos depósitos. 
  • Quando é solicitado o levantamento dos fundos, surgem obstáculos e normalmente é exigido um pagamento adicional para “desbloquear” os fundos. 
  • O suporte técnico começa a ignorar os lesados ou a fornecer respostas vagas. 
  • Ausência de registo legal da plataforma junto de entidades reguladoras. 
  • Termos e condições ambíguos ou difíceis de encontrar.

O que fazer se foi lesado? 

Não realize novos pagamentos nem partilhe dados pessoais ou bancários adicionais. 

Recolha todas as provas possíveis: mensagens, e-mails, capturas de ecrã da plataforma e documentos trocados. 

Não “contrate” nenhuma entidade que lhe prometa ser capaz de recuperar o dinheiro que perdeu a troco de um determinado honorário. Na grande maioria dos casos trata-se de outra burla.

Contacte as entidades oficiais (Polícia, Banco de Portugal e CMVM).

Quem deve contactar? 

Para irregularidades relacionadas com valores mobiliários, o mais simples é contactar a CMVM, que pode informar sobre se a entidade está a operar dentro da lei ou não, instaurar contraordenações e participar a situação ao Ministério Público, caso detete indícios de crime.

Pode contactar o Apoio ao Investidor da CMVM através do 800 205 339 (linha verde), ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt.

De uma forma mais geral, em caso de burla, pode apresentar uma queixa diretamente às autoridades.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária é competente no âmbito de crimes económico-financeiros.

Pode também dirigir-se ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público.

Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária

Departamento Central de Investigação e Ação Penal

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