No terceiro trimestre, o PIB sueco caiu 1,4% face ao mesmo período de 2022 e uma contração de 0,3% face ao trimestre anterior. Tendo em conta que no segundo trimestre houve também uma queda, a Suécia está em recessão, pela primeira vez desde a pandemia. A subida acentuada das taxas de juro é a principal responsável.
Num país onde as famílias estão altamente endividadas e expostas a empréstimos a taxa variável, os juros estão a ter um efeito devastador no mercado imobiliário e no poder de compra. Como resultado, a capacidade de consumo e investimento é muito reduzida. O consumo caiu pelo quinto trimestre consecutivo (-0,6%), o investimento registou um declínio semelhante e a despesa pública estagnou.
A única luz ao fundo do túnel é o comércio externo e o aumento das exportações (+6,1%). Para o total do ano, a expectativa é de contração económica sueca em 2023 e o mesmo destino em 2024. Dadas as perspetivas dececionantes, já não recomendamos fundos dedicados à Suécia.