O banco central da Indonésia aumentou inesperadamente a taxa de juro diretora de 5,75% para 6%, a primeira subida desde janeiro.
O objetivo é estabilizar a rupia, num momento de crescente incerteza global. A moeda depreciou-se quase 5% face ao dólar nos últimos três meses, pressionada pela política da Fed nos EUA.
A taxa de inflação está em 2,3% e bem dentro da meta de 2% a 4%, mas o banco central da Indonésia quer ser proativo e mitigar o impacto na inflação por via dos bens importados.
E a economia indonésia não precisa de nenhum impulso extra, prevendo-se um crescimento do PIB entre 4,5% e 5,3% em 2023.
Por seu turno, na Coreia do Sul, e como era esperado, o banco central manteve a taxa de juro diretora.
A inflação (3,7% em setembro) está acima do objetivo de 2%, mas Seul está preocupada com o reduzido dinamismo económico causado pelos elevados preços do petróleo e a dívida recorde das famílias.
Mais subidas dos juros poriam em risco o crescimento do PIB que já estima ficar por apenas 1,4% este ano.