Pela primeira vez em quinze meses, a taxa de inflação britânica recuou para menos de 8%, o que agradou aos investidores.
No entanto, as perspetivas continuam mais delicadas para Londres do que para outras economias. De facto, nos EUA, a inflação já está em 3% e até na zona euro baixou para 5,5%.
É que o Reino Unido enfrenta desafios específicos. O mercado de trabalho sofre com escassez de mão-de-obra, pois a saída da União Europeia privou a economia de um acesso fácil aos trabalhadores do continente.
Ao mesmo tempo, as cadeias de produção foram muito afetadas e ainda estão a ser redesenhadas. Estes entraves colocam mais pressão sobre a oferta e impulsionam os custos/preços.
Por conseguinte, a inflação permanecerá permanentemente mais elevada nas Ilhas Britânicas do que noutros locais.
O Banco de Inglaterra terá de subir os juros bastante mais, o que aumenta significativamente os riscos para a economia do Reino Unido e para a bolsa de Londres.
Deixámos de recomendar fundos de ações britânicas para a generalidade dos perfis. Devido ao risco acrescido só devem estar presentes em carteiras mais dinâmicas.
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