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O que fazer quando um ETF apresenta um fraco desempenho?

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Dada a volatilidade das bolsas, é natural que o resultado dos ETF seja, por vezes, negativo.

Publicado em: 13 maio 2025
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Dada a volatilidade das bolsas, é natural que o resultado dos ETF seja, por vezes, negativo.

Investiu num ETF que apresenta agora uma baixa rentabilidade ou está em queda? Saiba o que fazer.

Para responder à dúvida, primeiro, é preciso averiguar se o fraco desempenho é relativo ou absoluto.

Um mau desempenho em termos “absolutos” significa que o ETF está em queda ou com uma baixa rentabilidade. 

Em termos “relativos” significa que o desempenho é pior do que o registado pelo mercado onde investe. Neste caso, o ETF até pode ter valorizado 10% num mês e ser um mau resultado, se o respetivo mercado tiver ganho 15%.

Queda em termos absolutos: o que fazer?

Dada a volatilidade das bolsas, é natural que o resultado dos ETF seja, por vezes, negativo. Muitas vezes, o investidor vê o seu património a encolher ou mesmo com perdas (potenciais) face ao valor que foi aplicado no ETF.

Nos últimos meses, dada a queda acentuada dos mercados é um cenário inevitável para quem entrou no mercado, por exemplo, no final de 2024. O que deve fazer? Nestas situações é importante saber se ainda são válidas as premissas que levaram à compra do ETF.

Investiu num ETF bastante diversificado (por exemplo, dedicado às ações ou obrigações globais) e numa ótica de longo prazo? Nesse caso, deve abstrair-se dos momentos menos bons dos mercados e manter o ETF.

Comprou um ETF temático, cuja carteira depende da evolução de nichos de mercado de ações (energias alternativas, defesa, água, agricultura, automóvel, cloud computing…) ou de obrigações mais arriscadas (dívida emergente…)? Nessa eventualidade, uma desvalorização pode ser sinal de deterioração específica do mercado. Poderá ser aconselhável proceder à venda, mesmo que em termos parciais, para reduzir a exposição.

Porém, a queda pode ser uma reação injustificada e temporária dos mercados e que se espera ser revertida a longo prazo. Nesse cenário, e desde que possa manter a ótica de longo prazo, isto é, possa manter o capital investido para o longo prazo, então não deve vender o ETF.

A solução concreta implica uma avaliação casuística. Para saber mais consulte as análises regulares da DECO PROteste Investe de forma a decidir o rumo a seguir.

Fraco desempenho relativo: deve resgatar?

O desempenho relativo de um ETF (ou fundo), isto é face ao mercado e aos seus pares, é captado pelo indicador de avaliação da DECO PROteste Investe (de 0 a 100).
Mesmo que o seu ETF/fundo não esteja entre os excelentes à luz do indicador de avaliação (mais de 90 pontos), não precisa necessariamente de resgatá-lo.

Se o ETF continuar com uma pontuação acima de 70, a avaliação é boa Nesses casos, pode manter o fundo ou ETF.

E mesmo acima de 50 pontos permanece satisfatória, pelo que terá de ver se se justifica uma mudança. Mas se, por exemplo, estiver a registar uma boa mais-valia talvez não se justifique antecipar a “fatura fiscal” com um resgate neste momento.

Se a pontuação passar efetivamente a ser bastante baixa (inferior a 50) então considere resgatar o produto e efetuar o reinvestimento noutro ETF/fundo mais bem avaliado dentro da mesma categoria.

Categoria (mercado) em primeiro lugar

A escolha de um ETF/fundo com uma elevada avaliação é importante, mas a seleção da categoria (política de investimento) é ainda mais determinante para o desempenho da sua carteira. Ou seja, um bom desempenho relativo (por exemplo, classificação de Bom ou Excelente) não é necessariamente sinal de uma boa opção de investimento.

Melhor ou pior, um ETF/fundo tende a seguir sempre a evolução do mercado em que investe. Por isso, e por norma, é preferível ter um fundo que até pode ser menos bom, mas que está inserido numa categoria recomendada do que um produto excelente dedicado a um mercado (categoria) que não apresenta um potencial de valorização interessante a longo prazo.

Consulte toda a nossa seleção de fundos e ETF.

Para saber mais sobre como escolher o ETF.

 

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