As obrigações podem ser classificadas de várias formas, dependendo da característica selecionada. No entanto, a mais comum, porque permite uma ideia do risco do emissor da obrigação, é a qualidade creditícia, o rating. A notação (rating) é a fiabilidade atribuída ao emitente da obrigação, ou seja, indica a probabilidade de honrar os seus compromissos financeiros (pagar cupões e reembolsar o capital).
No quadro abaixo encontra algumas das classificações utilizadas pelas agências S&P e Fitch. Cada nível destas avaliações corresponde a determinadas probabilidades de default (incumprimento) ao longo do tempo.
| PROBABILIDADE DE INCUMPRIMENTO | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Investment grade (rating) 1 ano 5 anos 15 anos | |||||
| AAA | 0% | 0,1% | 0,8% | ||
| A | 0% | 0,5% | 2,8% | ||
| BBB+ | 0,2% | 1,2% | 6,6% | ||
| BBB- | 0,3% | 3,2% | 6,6% | ||
| Speculative grade (high yield; junk) | |||||
| BB+ | 0,6% | 5,8% | 26,7% | ||
| B | 7,9% | 24,7% | 44,6% | ||
| B- | 9,8% | 29,1% | 44,6% | ||
| CCC | 20,4% | 41,3% | 60,0% | ||
| Exemplos de ratings e respetivas probabilidades de incumprimento segundo as agências. | |||||
Logo, ao comprar uma obrigação high yield implica que está a assumir um risco maior porque existe uma probabilidade bastante mais elevada da empresa (ou Estado) não cumprir os pagamentos acordados. Aliás, a mais importante divisão dos ratings é a partição entre duas grandes categorias: grau de investimento e grau especulativo (também conhecido como high yield ou junk - lixo).
A probabilidade de default aumenta consideravelmente quando se desce de BBB- para o BB+. De facto, é na parte debaixo da tabela que estão as obrigações de empresas/Estados cuja situação financeira é instável.. Denomina-se se igualmente de high yield porque essas entidades têm de oferecer juros mais elevados para se conseguirem financiar. Este tipo de obrigações destina-se apenas para quem aceita maior risco.
A DECO PROteste Investe aconselha o investimento em alguns tipos de obrigações high yield, mas apenas através de fundos e ETF, onde existe uma elevada diversificação. Mas o peso destas categorias de fundos não deve exceder 5% do total da carteira.
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