O relatório semestral do exercício 2025/26 (fecho anual a 31 de março), publicado pelo operador britânico de redes elétricas, não trouxe surpresas relevantes. Os números confirmam a resiliência operacional da National Grid perante a exigente transição energética.
Embora o volume de negócios tenha diminuído 11%, penalizado pela alienação da Electricity System Operator ao governo britânico, o lucro operacional corrente aumentou 12% para 2,3 mil milhões de libras, impulsionado por uma boa gestão dos custos, subidas tarifárias e a estabilidade do modelo regulado.
A margem operacional passou de 25,7% para 32,4%. Os investimentos atingiram um nível recorde de 5,1 mil milhões de libras em seis meses, o que representa mais 10% do que no ano anterior.
São realizados principalmente na modernização e descarbonização das redes, incluindo projetos elétricos no Reino Unido e o Smart Path Connect em Nova Iorque, em linha com o plano quinquenal de 60 mil milhões de libras. Para o exercício completo, a National Grid confirmou o objetivo de um crescimento de 6 a 8% do lucro por ação e de um aumento de cerca de 10% da base de ativos regulados.
A National Grid continua a ser um ativo de qualidade, com boa visibilidade e uma política de investimento ambiciosa. No entanto, após uma valorização de 17% desde o início do ano, a ação parece já ter incorporado a maioria dos catalisadores positivos a médio prazo e negoceia atualmente com um prémio face aos seus pares.
Acresce que subsistem incertezas, nomeadamente na regulação e na transição para o gás. Tendo em conta estes elementos, deve adotar uma postura prudente. Aproveite para realizar mais-valias: alteramos o conselho de manter para vender. Iremos deixar de acompanhar esta ação.
