NOS: lucro cai 21% mas supera previsões

Com a compra da Claranet, a NOS quer ser uma empresa digital mais global.
Com a compra da Claranet, a NOS quer ser uma empresa digital mais global.
Os lucros da NOS caíram 21% no primeiro semestre do ano, para os 0,23 euros por ação, mas superaram as previsões. Na base desta queda estão as mais-valias com a alienação de torres de telecomunicações e ganhos não recorrentes com as taxas de atividade ocorridos em 2024. Sem fatores extraordinários, o lucro subiu 18,3%.
As receitas cresceram 3,8% (em base comparável), suportadas pelo Cinema e Audiovisuais (+15,2%), pela nova divisão de Tecnologias de Informação (+5,6%), que inclui a Claranet, e pelas Telecomunicações (+3%). Isto apesar da pressão no segmento dos particulares. O EBITDA subiu 5,1%, com o contributo positivo de todos os negócios.
Com a compra da Claranet, a NOS quer ser uma empresa digital mais global e potenciar o crescimento, face à maturidade e maior concorrência nas telecomunicações.
O aumento da eficiência e rentabilidade, com o uso progressivo de IA, é outro foco do grupo. A NOS é uma empresa lucrativa e oferece o maior rendimento líquido do dividendo das ações nacionais (acima de 6,5%).
Mas, sem outros catalisadores, o potencial do título não é dos mais elevados, pelo que não aconselhamos a compra, apesar da cotação estar a níveis atrativos.
Subimos as nossas estimativas de lucros por ação de 0,35 para 0,39 euros em 2025 e de 0,37 para 0,39 euros em 2026.
A NOS é uma empresa de qualidade, que remunera bem os acionistas, mas cujo potencial de crescimento não é muito elevado. Mantenha o título.