Blackstone: líder global em ativos alternativos entra na seleção
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

A Blackstone é um dos líderes mundiais na gestão de ativos alternativos
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
A Blackstone é um dos líderes mundiais na gestão de ativos alternativos
A Blackstone é um dos líderes mundiais na gestão de ativos alternativos, com 1,2 biliões de dólares sob gestão (financiamentos não bancários, imobiliário, private equity e multiativos).
O grupo possui uma capitalização bolsista de 222 mil milhões de dólares, sendo superior à da BlackRock (177 mil milhões), mas inferior aos gigantes da banca norte-americana como o JPMorgan (865) e o Bank of America (387).
As receitas da Blackstone provêm das comissões sobre os montantes geridos e sobre o seu desempenho. Por seu turno, o dinheiro gerido provém de investidores privados com elevado património ou de clientes institucionais, como fundos soberanos e de pensões e bancos.
A maioria dos produtos geridos pela Blackstone não está, por isso, acessível a investidores particulares.
A Blackstone divulgou excelentes resultados no segundo trimestre de 2025, atraindo 52 mil milhões de dólares de novos capitais. Possui agora 181 mil milhões de dólares prontos a investir em diferentes classes de ativos.
Conhecida pela agressividade, a Blackstone investe em mercados em crescimento, como infraestruturas, digital e IA, financiando com condições mais flexíveis que os bancos e assumindo participações em empresas que depois são vendidas para obter mais-valias.
A Blackstone investe também em ativos mais tradicionais, como imobiliário residencial e comercial, logística e hotelaria. Este ano adquiriu a Monaco Marine através da sua empresa Safe Harbor Marinas e anunciou a aquisição da Shermco por 1,6 mil milhões de dólares no âmbito dos investimentos na transição energética. Confirmou igualmente a compra de um edifício de escritórios em Paris por cerca de 700 milhões de euros.
A Blackstone investe igualmente em empresas para as desenvolver e depois colocá-las em bolsa. Na carteira da Blackstone, a empresa norte-americana Legence (engenharia) prepara-se para entrar em bolsa com uma valorização prevista de cerca de 3 mil milhões de dólares.
Nos Estados Unidos, o crescimento económico, a evolução a médio prazo dos mercados acionistas e a sua fase de volatilidade constituirão novas oportunidades de crescimento no private equity, permitindo captar cada vez mais capital de investidores. À medida que a base de ativos cresce, aumentam as receitas da Blackstone.
Na Europa, a gestora pretende aproveitar as dificuldades económicas no Velho Continente para investir até 500 mil milhões de dólares nos próximos 10 anos.
Tal como para a gestora BlackRock (conhecida pelos ETF), o dinamismo dos mercados financeiros impacta as comissões recebidas pela Blackstone.
Além disso, um bom momento dos mercados favorece também as entradas em bolsa (IPO) das empresas em carteira. Por isso, os resultados dependem das flutuações do apetite pelo risco dos investidores, dando-lhes um cariz mais cíclico.
A recente descida das taxas de juro nos EUA e a perspetiva de novas reduções em 2026 reforçam a confiança no mercado acionista norte-americano.
Sem estar imune às tomadas de mais-valias nas bolsas, a Blackstone está bem posicionada para enfrentar esses momentos e até aproveitar para investir o dinheiro em caixa.
Esta estratégia oportunista permite beneficiar ainda mais do dinamismo dos mercados financeiros.
As ações da Blackstone estão cotadas a 26 vezes os lucros esperados para 2026, um nível correto tendo em conta a sua qualidade e face a concorrentes (KKR e Apollo Global Management).
É interessante para investidores que queiram uma exposição ao desempenho global dos mercados financeiros através da aposta em empresas específicas. Comprar.