Apesar do lucro ter recuado 7% no primeiro semestre, para 0,17 euros por ação, os resultados da EDP saíram um pouco acima do esperado e não incluem (ao contrário de igual período de 2024) ganhos com vendas de ativos, que apenas serão contabilizados no segundo semestre.
Sem excluirmos este fator, o lucro subiu 27%, estimulado pelas subidas da capacidade instalada (+13%) e da produção (+12%) e por um desempenho sólido do negócio de redes de eletricidade na Península Ibérica e no Brasil. As receitas cresceram 7% e o EBITDA recorrente subiu 7%, refletindo uma melhoria da eficiência através da redução de custos.
Ao nível financeiro, os resultados pioraram 2% devido ao aumento da dívida e do seu custo médio, mas com as vendas de ativos no segundo semestre, algumas já anunciadas, o endividamento deverá baixar para a meta definida pela empresa para este ano.
Os EUA aprovaram algumas regras menos desfavoráveis do que o esperado para os projetos eólicos e solares, o que é positivo. A EDP vai anunciar as novas projeções de médio prazo no dia 6 de novembro mas, face aos resultados do semestre, o grupo subiu ligeiramente a meta de lucros para este ano de 1,2 para 1,3 mil ME.
Subimos as nossas previsões de lucros por ação de 0,31 para 0,32 euros em 2025 mas mantemos a de 2026 nos 0,32 euros.
Conselho
As perspetivas menos negativas para as energias renováveis, sobretudo nos EUA, são boas notícias e justificam a subida da ação, que mantém potencial de valorização. Pode comprar.
