CTT Aposta no comércio eletrónico

Os CTT apostam em ser um operador logístico global, especializado no comércio eletrónico.
Os CTT apostam em ser um operador logístico global, especializado no comércio eletrónico.
Os lucros dos CTT aumentaram 11,7% no primeiro semestre, para 0,17 euros por ação, um valor um pouco acima do que prevíamos.
A estimular os lucros estiveram sobretudo a divisão Expresso e Encomendas (EeE), cujas receitas cresceram 28,6% graças também à consolidação da Cacesa, e a maior colocação de dívida pública (certificados de aforro) nos Serviços Financeiros.
O Banco CTT também esteve em bom plano, com a margem financeira a subir 6,2%. No total, as receitas do grupo cresceram 13,9%, apesar do declínio no Correio (-1,7%), e o lucro operacional subiu 12,7%, embora tenha sido penalizado por maiores custos (rescisões de contratos de trabalho, expansão da atividade…).
A estratégia dos CTT passa por uma aposta clara em ser um operador logístico global, especializado no comércio eletrónico (45% das receitas no semestre). Assim, após a compra da espanhola Cacesa, focada no desalfandegamento de comércio eletrónico e cuja atividade tem margens mais altas, adquiriu agora a Decopharma, que opera no transporte e armazenamento de produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, os quais exigem condições únicas de temperatura e rastreabilidade.
As boas perspetivas do comércio eletrónico e os resultados semestrais um pouco acima do previsto levam-nos a reforçar as previsões de lucros por ação de 0,37 para 0,42 euros em 2025 e de 0,43 para 0,47 em 2026.
Com o negócio do correio tradicional em declínio há vários anos, os CTT têm conseguido encontrar novas vias de crescimento. A cotação incorpora as boas perspetivas, pode manter.