BCP: lucros do primeiro semestre cresceram 3,5%

O BCP tem uma boa resiliência da margem financeira
O BCP tem uma boa resiliência da margem financeira
No primeiro semestre, o BCP obteve lucros de 502,3 milhões de euros (ME), mais 3,5% que no período homólogo. Na base da atividade bancária, a margem financeira, cresceu 3,3%.
Isto, apesar da descida das taxas de juro ter sido negativa para a margem financeira em Portugal, que caiu 2,2%, mas o BCP beneficiou das taxas mais elevadas nas operações internacionais, onde a margem financeira progrediu 8,4%. As comissões aumentaram 4%.
Por sua vez, os resultados de operações financeiras passaram de uma perda de 5,4 ME para um ganho de 55,8 ME, o que ajudou ao crescimento dos lucros do período.
Além de maiores ganhos de trading com a evolução favorável dos mercados, isso só foi possível graças à redução acentuada dos custos com acordos extra judiciais relativos aos créditos hipotecários concedidos em francos suíços na Polónia.
Revemos ligeiramente em alta as nossas previsões de lucros por ação para 0,066 euros em 2025 (antes 0,065) e 0,071 em 2026 (antes 0,070 euros).
A atual conjuntura de descida das taxas de juro é negativa para a banca, mas o BCP tem uma boa resiliência da margem financeira, pois beneficia de um maior dinamismo e de taxas mais elevadas no mercado polaco.
Além de ter aumentado o payout para 50% (distribui metade dos lucros em dividendos), o BCP tem o plano de recompra de ações próprias para reforçar a remuneração do acionista. Mantenha a ação.