Contra todas as expectativas, e apenas um mês após o anúncio da saída do CEO, a Renault reviu em baixa os objetivos para 2025. A Renault espera agora uma margem operacional em torno de 6,5% (antes, pelo menos, 7%) e um fluxo de caixa livre entre 1 e 1,5 mil milhões de euros (antes, pelo menos, 2 mil milhões).
Além do fraco desempenho da divisão de veículos comerciais, a Renault aponta a pressão acrescida da concorrência e uma queda mais acentuada nas vendas a particulares. O grupo publicará os resultados no final do mês e anunciará novas medidas de redução de custos.
Não é certo que estas novas previsões representem um “mínimo” ou se serão necessários novos ajustamentos no futuro. A pressão sobre os preços e os custos (transição elétrica) pode continuar a afetar as margens da Renault, já entre as mais baixas do setor.
Além disso, a forte dependência do mercado europeu (70% das vendas) continua a ser uma fragilidade. Um abrandamento prolongado na Europa teria um impacto significativo nos resultados. A saída do CEO, substituído temporariamente pelo diretor financeiro, criou um período de incerteza e pode afetar a confiança dos investidores.
Conselho
Dadas as crescentes incertezas sobre a rentabilidade e o rumo da Renault, alteramos o conselho: venda esta ação arriscada
