Apesar da redução de 13%, o lucro da NOS no primeiro trimestre (0,12 euros por ação) superou as previsões. A queda é explicada por uma decisão judicial que originou um ganho não recorrente em 2024.
Ao nível operacional, as receitas cresceram 4,5%, com destaque para o segmento empresarial (+13,3%), e o EBITDA subiu 4,3%, apesar da ligeira queda da margem. Ao nível financeiro, o resultado melhorou 63% graças à subida dos resultados das empresas associadas e a menores custos de financiamento.
A entrada da Digi em Portugal, no final de 2024, teve impacto no mercado, pressionando as margens. Mas, o efeito não tem sido tão significativo como se temia, sobretudo ao nível da perda de clientes, e a Woo, marca low cost criada pela NOS, tem contribuído para mitigar este aumento da concorrência.
A compra da Claranet, no início do ano, que só será refletida nas contas a partir do segundo trimestre, é um passo importante para desenvolver a oferta tenológica da NOS no ramo empresarial, criando um pólo de crescimento para o grupo que não existia dada a maturidade do nosso mercado de telecomunicações.
Subimos as estimativas de lucros por ação de 0,32para 0,35 euros em 2025 e de 0,33 para 0,37 euros em 2026.
Conselho
A NOS é uma boa empresa que, apesar de não ter um alto potencial de crescimento, é rentável e distribui um dividendo muito atrativo. Pode manter.
