BNP Paribas, Chevron, Eni, Novo Nordisk
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

Estudo demonstra a eficácia do Ozempic, boas notícias para a Novo Nordisk
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
Estudo demonstra a eficácia do Ozempic, boas notícias para a Novo Nordisk
BNP Paribas
Manter
O BNP Paribas apresentou um plano para duplicar a rentabilidade da sua atividade de crédito ao consumo, com um objetivo de rentabilidade dos capitais próprios de, no mínimo, 17% em 2028 (8,5% em 2024).
Para atingir esta meta, o BNP Paribas quer aumentar o montante total de crédito concedido em 4% ao ano, contra 2 a 3% da média do mercado. Este objetivo é alcançável se a economia não enfraquecer demasiado e se as taxas de juro na Europa se mantiverem baixas. Nos últimos anos, o BNP Paribas concentrou esta atividade em alguns países europeus.
Chevron
Manter
A Chevron quer vender a sua participação de 50% na Singapore Refining Company. Esta operação integra uma reestruturação global para racionalizar operações, reduzir custos e melhorar a geração de liquidez através da venda de ativos considerados menos promissores.
A Chevron pretende também reduzir até 20% dos seus efetivos até ao final de 2026. Os resultados da atividade de refinação foram dececionantes nos últimos trimestres.
A Chevron está a recentrar-se na exploração e produção em zonas-chave como o Cazaquistão, o Golfo do México e a Guiana. A cotação permanece dependente dos preços do petróleo.
Eni
Manter
A Eni avançou com uma nova operação que reforça o modelo “satélite”, baseado na criação de sociedades conjuntas com parceiros externos para otimizar o uso de capital.
Após aplicar esta fórmula na Noruega e em Angola, a Eni celebrou um acordo com a Petronas para criar uma sociedade de participação conjunta que irá gerir as atividades na Indonésia e na Malásia. Esta nova entidade será financeiramente autónoma e visa gerar sinergias operacionais, técnicas e financeiras.
A Eni deu um passo significativo, concluído em tempo recorde após o acordo preliminar assinado em fevereiro. Este avanço tornou-se ainda mais relevante na conjuntura atual.
As tensões geopolíticas e o impacto nos preços do petróleo e do gás tornam urgente o desenvolvimento noutras regiões, permitindo à Eni estabilizar a sua atividade e reduzir a exposição aos conflitos. A área abrangida pela nova sociedade apresenta um elevado potencial de crescimento, o que deverá ter um efeito positivo nas contas da Eni.
As previsões apontam para um crescimento dos resultados: o lucro por ação deverá passar de 0,79 euros em 2024 para 1,4 euros em 2025 e 1,65 euros em 2026. Este desempenho permitirá aumentar o dividendo para 1,05 euros (1 euro em 2024).
No entanto, devido às grandes incertezas no setor provocadas pelas crises geopolíticas e o nível da cotação, mantemos uma posição prudente sobre o investimento na Eni. Limite-se a manter se já tiver em carteira.
Novo Nordisk
Manter
Um estudo demonstrou a eficácia do Ozempic no tratamento de problemas arteriais em pessoas com diabetes. O Mim8, tratamento experimental contra a hemofilia A, foi bem tolerado e preferido pelos doentes que transitaram do tratamento anterior.
No entanto, estas boas notícias não compensam as dúvidas geradas pelos resultados abaixo do esperado do tratamento experimental contra a obesidade CagriSema (destacados na reunião da Associação Americana da Diabetes) e pela forte concorrência ao Wegovy, ilustrada pelo fim da parceria com a Hims & Hers Health.