ASML
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A ASML alertou que o volume de negócios poderá não crescer em 2026, algo inédito há anos. A principal causa é a incerteza gerada pelas tarifas de Trump, nomeadamente em relação à União Europeia, que aumentarão os custos dos equipamentos para os clientes. Por agora, o impacto é limitado.
No segundo trimestre, o volume de negócios cresceu 23% e o lucro por ação subiu 47%, superando as expectativas. A ASML mantém a previsão de crescimento de 15% do volume de negócios para 2025 e os objetivos para 2030.
No entanto, o volume de negócios poderá recuar em 2026 e é pouco provável que atinja o limite superior das metas para 2030. Para essa data, a ASML prevê receitas de 44 a 60 mil milhões de euros (32,5 mil milhões esperados em 2025) e uma margem bruta entre 56% e 60% (52% esperada em 2025). Tal indica uma progressão do lucro bastante elevada. Mantemos a previsão de lucro por ação em 24,5 euros para 2025, mas revemos em baixa para 25,2 euros em 2026 (antes 28,8).
As perspetivas de crescimento do lucro enfraqueceram com as tarifas de Trump e as tensões persistentes entre os EUA e a China. Apesar disso, a ASML, graças à sua posição de quase monopólio na litografia ultravioleta extrema, continua em posição de força face à concorrência.
Assa Abloy
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A cotação da Assa Abloy disparou após publicar resultados trimestrais ligeiramente acima das expectativas. Numa conjuntura difícil, conseguiu aumentar os preços em 2% para compensar a inflação e está preparada para novos aumentos para proteger a margem nos próximos meses.
A Assa Abloy realiza 47% do seu volume de negócios nos EUA. Cerca de 70% dos produtos vendidos nesse mercado são fabricados localmente, o que mitiga parcialmente o impacto da subida esperada das tarifas.
Netflix
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Os resultados do segundo trimestre da Netflix superaram as expectativas graças aos efeitos cambiais positivos (56% do volume de negócios é gerado fora da América do Norte). A empresa registou um crescimento de 16% no volume de negócios e um lucro de 7,19 dólares por ação (4,88 dólares no mesmo período do ano anterior).
Para o trimestre em curso, a Netflix prevê um crescimento de mais de 17% no volume de negócios e uma subida de 27% do lucro, para 6,87 dólares por ação. Estes valores estão ligeiramente acima das previsões do mercado, mas a diferença deve-se sobretudo à evolução cambial.
A ação não está barata, mas o mercado ainda por conquistar é significativo. Por exemplo, a Netflix detém apenas 21% do mercado de streaming nos Estados Unidos e 27% em França. O desenvolvimento da oferta com publicidade representa um importante motor de crescimento. Estimamos que o volume de negócios possa crescer entre 10% e 15% ao ano e que o lucro por ação possa duplicar num horizonte de três a quatro anos.
Radius Recycling
Sai da seleção
Finalizado o processo de OPA, a empresa especialista norte-americano em aços reciclados foi absorvida pela Toyota Tsusho. A Radius sai da nossa seleção.
A OPA lançada pela Toyota Tsusho America sobre a Radius Recycling, na qual foi oferecido um preço de 30 dólares por ação (conforme informado em março), foi concluída com sucesso. A operação foi aprovada pelos acionistas a 5 de junho e finalizada a 11 de julho.
Como resultado, a Radius passou a ser uma filial a 100% da Toyota Tsusho. Os acionistas receberam os 30 dólares por ação oferecidos na proposta. Assim, após deixar de estar cotada, esta ação abandona a nossa seleção.
Os acionistas poderiam ter recusado a OPA e manter ações da Radius Recycling (já não são cotadas)?
Neste caso, não. A operação foi estruturada como uma fusão por absorção inversa (“reverse triangular merger”), na qual todos os acionistas da Radius Recycling foram automaticamente obrigados a vender as suas ações por 30 dólares em numerário por ação, uma vez aprovada a transação por maioria em assembleia de acionistas e cumpridas as condições regulatórias. Assim, tendo a maioria aprovado a operação, todos receberam o preço acordado por ação.
