Air Liquide, BASF, BAE Systems, Microsoft, Philips
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

BAE Systems e Microsoft com bons resultados e perspetivas
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
BAE Systems e Microsoft com bons resultados e perspetivas
Air Liquide
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Apesar da conjuntura difícil, a Air Liquide mantém o rumo. No primeiro semestre, o volume de negócios aumentou 1,8% em base comparável e a rentabilidade continuou a progredir.
A margem operacional (excluindo elementos excecionais) atingiu 19,9%, face a 19,4% um ano antes. As vendas da atividade de Saúde cresceram 5% e mantêm-se sustentadas. A administração prevê que a expansão prossiga, com um elevado portefólio de projetos em execução e oportunidades de investimento estáveis nos próximos doze meses, 40% ligadas à transição energética.
A Comissão Europeia apresentou um plano para reforçar a indústria química europeia, afetada pela subida dos custos da energia, pela fraca procura e pela concorrência mundial.
A Air Liquide é menos impactada, pois produz localmente e beneficia de custos mais baixos nos Estados Unidos e na China. Além disso, repercute a subida dos preços da energia nos grandes clientes com contratos de longo prazo. Está também protegida das tarifas impostas pelo presidente Trump.
Os resultados semestrais mostram a capacidade de resistência da Air Liquide numa conjuntura económica e geopolítica instável. Os objetivos para 2025 foram confirmados. Apesar da valorização da cotação este ano, mantemos o conselho de compra.
BASF
Manter
A BASF reviu em baixa as previsões para 2025, com um intervalo de EBITDA ajustado entre 7,3 e 7,7 mil milhões de euros, face aos anteriores 8-8,4 mil milhões. No segundo trimestre, o volume de negócios caiu 2,1% e o lucro operacional ajustado recuou 16,4%.
A atividade de Química foi acentuadamente afetada e a visibilidade continua limitada. Apesar do nível da cotação, limite-se a manter.
BAE Systems
Comprar
A BAE publicou resultados sólidos relativos ao primeiro semestre de 2025, com crescimento orgânico de 9% do volume de negócios e de 13% do lucro operacional. O lucro operacional por ação foi de 34,7 pence, ligeiramente acima das expectativas.
A BAE reviu em alta os objetivos para 2025: crescimento do volume de negócios de 8% a 10% e do lucro operacional de 9% a 11%. O lucro por ação manteve-se. Exceto nas atividades navais, todas as áreas registaram crescimento. A administração mostra-se confiante graças aos recentes contratos e investimentos em capacidade de produção (munições, mísseis, submarinos).
Na aviação, a Turquia está prestes a adquirir caças Typhoon desenvolvidos pela BAE Systems em conjunto com a Leonardo e a Airbus. Em junho, foi assinado um contrato com os Estados Unidos para satélites e sistema de rastreio de mísseis no âmbito do projeto Golden Dome.
A internacionalização do negócio da BAE (Arábia Saudita: 10%, Reino Unido: 28%, Estados Unidos: 47,5%, Europa: 7%) é uma vantagem estrutural para o crescimento.
Apesar de uma valorização superior a 50% desde o início do ano, o rácio cotação/lucro para 2026 da BAE é de 22,7. Trata-se de um nível razoável, pelo que mantemos o conselho de compra.
Microsoft
Comprar
A Microsoft publicou resultados sólidos e acima das expectativas para o quarto trimestre do exercício 2024/2025, com um volume de negócios de 76,4 mil milhões de dólares, em alta de 18%.
Os principais motores de crescimento são a cloud, com o produto Azure a registar um aumento de 39% das receitas (após +33% no terceiro trimestre) e a inteligência artificial. O segmento Microsoft Cloud gerou 46,7 mil milhões de dólares, um acréscimo de 27%.
As perspetivas mantêm-se positivas, com investimentos superiores a 30 mil milhões de dólares previstos para o primeiro trimestre de 2026, face à forte procura para a inteligência artificial. A Microsoft prevê uma nova subida acentuada do volume de negócios e do lucro para o exercício 2025/2026.
A política ativa dos Estados Unidos para liderar na inteligência artificial é uma boa notícia para o setor e Microsoft é uma das principais beneficiárias. A cotação tem valorizado com os resultados e as boas perspetivas de crescimento na inteligência artificial. Quem seguiu a nossa recomendação regista agora um ganho próximo de 30%.
Apesar de a cotação estar em máximos históricos, a Microsoft continua interessante para apostar no potencial da inteligência artificial e o seu risco é inferior à média do mercado. Se já possui a ação, assegure-se de que não representa uma parte excessiva da sua carteira.
Philips
Manter
A Philips reviu em alta as previsões para 2025, dado que o impacto das tarifas aduaneiras será menor do que o esperado. As vendas mantêm-se estáveis (excluindo efeitos cambiais e de perímetro), com crescimento de 1% no segundo trimestre, impulsionado pelo dinamismo da Saúde Pessoal. Revemos em alta as previsões, mas não alteramos o conselho.