Ações baratas com potencial: 7 oportunidades de compra

Estas ações recomendadas pela DECO PROteste Investe apresentam rácios de valorização atrativos
Estas ações recomendadas pela DECO PROteste Investe apresentam rácios de valorização atrativos
Sim. Estas sete ações recomendadas pela DECO PROteste Investe apresentam rácios de valorização atrativos — PER e PBV abaixo da média —, combinados com fundamentos sólidos e perspetivas positivas. A seleção ajusta-se a diferentes perfis de risco e com bom potencial de valorização nos próximos anos.
- Partimos da seleção de ações que têm atualmente conselho de compra da DECO PROteste Investe. O conselho é atribuído após uma avaliação detalhada da posição financeira e operacional das empresas, a dinâmica específica dos setores em que operam, e o ambiente macroeconómico em geral.
- Utilizámos dois rácios fundamentais para identificar quais destas ações com conselho de compra estão mais subvalorizadas em bolsa. O rácio PBV (price-to-book ratio) e o rácio PER (price-to-earnings ratio).
Rácio PBV (price-to-book ratio): compara a cotação com o valor contabilístico por ação. Um valor for inferior a 1 indica que a ação está cotada abaixo do valor contabilístico, uma potencial oportunidade de compra.
Rácio PER (price-to-earnings ratio): resulta da divisão da cotação pelos lucros (esperados) por ação. Procuramos ações cujo P/E seja baixo e de preferência inferior ao do setor. Nestes casos, a empresa pode estar subvalorizada em relação aos seus pares, apesar de gerar lucros consistentes.
- Por fim, selecionámos empresas em diferentes setores de atividade para não incorrer num enviesamento para setores tradicionalmente com rácios de valorização mais baixos.
Após esta análise, identificámos 7 ações subvalorizadas e que apresentam potencial de valorização no longo prazo. Podemos agrupá-las em 3 perfis de risco diferentes.
Para os mais conservadores ou que querem baixar o risco global da carteira, as opções mais indicadas (ações com risco menor) são a Bell Food e a Gimv.
A Bell Food está ativa na alimentação, setor defensivo por natureza. A Gimv também se enquadra neste grupo, não pelo setor em que opera, sendo uma holding financeira, mas pela qualidade da gestão e dos seus investimentos.
Para um perfil moderado, temos a Ageas, Deutsche Post, Sonae, e Sanofi, empresas que se encontram subvalorizadas, mas apresentam maior risco.
Por fim, a Trigano é uma opção mais ousada. Mesmo apresentando rácios de valorização atrativos, o tipo de atividade da empresa encontra-se mais sujeito a choques específicos.
A Ageas é uma seguradora que, além da forte posição na Bélgica, aposta com sucesso no mercado asiático. Recentemente, adquiriu a seguradora britânica Esure, tornando-se a terceira maior seguradora de automóveis e habitação para particulares no Reino Unido. E as atividades complementam-se.
Após anos em que as atividades asiáticas lideraram o crescimento do grupo, em 2024 foram sobretudo as operações europeias a impulsionar o seu desempenho. Após um período de desvalorização devido a preocupações com os negócios na China, a cotação já recuperou significativamente. Ainda assim a ação está com rácios atrativos.
A ação da Bell Food, cuja principal atividade é produção e comercialização de produtos à base de carne, oferece um ativo de baixo risco para a carteira. Mesmo em tempos económicos difíceis, o grupo suíço é capaz de apresentar resultados sólidos e conta com vários trunfos.
A Bell controla uma grande parte da sua cadeia de valor e graças a uma estrutura financeira e desempenho saudável, pode investir sistematicamente na modernização da produção e manter a competitividade. Esta solidez permitiu aproveitar as oportunidades de desenvolvimento no mercado de conveniência (saladas, sanduíches, refeições prontas, etc.) e nos produtos vegetarianos e veganos, nichos de segmento promissores em termos de crescimento e rentabilidade.
O gigante alemão da logística delineou a sua estratégia para a segunda metade da década. Centra-se nos seus pontos fortes e no reforço das posições para fomentar o crescimento das cinco divisões
Focando-se nas tendências futuras do setor da logística (comércio eletrónico, produtos farmacêuticos, entregas ecológicas) a Deutsche Post pretende aumentar o volume de negócios em 50% até 2030.
Este objetivo ambicioso é alcançável tendo em conta a vasta rede de distribuição, forte presença internacional (economias de escala) e digitalização dos serviços.
A Deutsche Post também pretende reduzir a complexidade da estrutura jurídica, de modo a garantir uma organização que corresponda aos objetivos. A empresa tem gerido muito melhor a sua base de custos depois do rápido crescimento durante a pandemia.
A GIMV é uma empresa de investimento (holding). Detém participações em cerca de 5 dezenas de empresas, principalmente belgas, neerlandesas, francesas e alemãs. Trata-se principalmente de empresas não cotadas.
O modelo de negócio da Gimv consiste em investir em empresas com potencial de crescimento, impulsionar o seu desenvolvimento e posteriormente vender a participação com mais-valias significativas.
Recentemente, realizou vendas com importantes mais-valias: participações na marca de carrinhos de bebé Joolz (entrou em 2016) e na Itineris, que desenvolve soluções de software inovadoras para o setor da energia e da água (entrou em 2013). Estimamos o valor intrínseco da GIMV em torno de 54,50 euros.
A farmacêutica francesa atua em várias áreas nomeadamente os medicamentos sujeitos a receita médica, produtos de venda livre, genéricos e vacinas. Está muito ativa no segmento das doenças raras após a aquisição da Genzyme em 2011.
A Sanofi tem feito uma aposta sistemática para reforçar o portefólio de produtos dado que se aproxima o início da caducidade das patentes do Dupixent (2031), responsável por 32% das vendas em 2024. A finalização da venda parcial da Opella (atividade de produtos para o grande público) está prevista para breve.
A Sanofi planeia aumentar os investimentos nos EUA e limitar o impacto das tarifas. Já realiza quase metade das vendas e 25% da sua produção nesse país. De facto, são as ameaças de Trump às farmacêuticas que mais têm impactado a cotação.
A Sonae é uma holding que opera sobretudo no setor do retalho em Portugal. Através de compras recentes tem procurado internacionalizar e diversificar a sua atividade para áreas de negócio mais promissoras, como produtos para animais de estimação, alimentação saudável, bem-estar e tecnologia.
O objetivo imediato é consolidar os negócios adquiridos, mantendo o foco também na expansão e melhoria da rentabilidade da Modelo Continente e da Worten. Mesmo considerando o desconto habitual a que as holdings transacionam em bolsa, a cotação está barata e apresenta rácios de valorização bastante atrativos.
Empresa gaulesa e líder no setor de veículos de lazer (autocaravanas, caravanas e equipamentos para campismo). A Trigano tem demonstrado uma forte capacidade de adaptação e crescimento, beneficiando do aumento do interesse por viagens e turismo ao ar livre.
Depois de um período menos bom ligado à instabilidade política em França, a cotação está em forte alta. O volume de negócios está perto dos máximos e as encomendas continuam em alta. Com uma estratégia de expansão e diversificação, a Trigano continua a reforçar a quota de mercado e tem boas perspetivas de crescimento.
7 Ações baratas em 2025
Ação | Setor | Bolsa | Cotação | Capitalização bolsista em ME | Variação em 2025 | Indicador de risco | Rácio PBV | Rácio PER |
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Gimv | Holding | Bruxelas | 43,35 | 1 551 | 11,4% | 2 | 0,7 | 7,3 |
Ageas | Seguradora | Bruxelas | 58,65 | 11 668 | 25,1% | 3 | 1,2 | 8,7 |
Trigano | Veículos recreativos | Paris | 154,3 | 3 284 | 26,2% | 3 | 1,2 | 9,1 |
Sonae | Distribuição | Lisboa | 1,254 | 2 508 | 37,2% | 2 | 0,9 | 7,7 |
Deutsche Post | Serviços logísticos | Frankfurt | 40,69 | 48 828 | 19,7% | 3 | 1,7 | 11,3 |
Bell Food | Alimentação | Zurique | 254,5 | 1 173 | -2,6% | 2 | 0,9 | 11,6 |
Sanofi | Farmacêutica | Paris | 85,22 | 104 629 | -9,1% | 3 | 1,4 | 14,2 |