O lucro da Sonae aumentou 77,2% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, para 0,02 euros por ação. O desempenho operacional melhorou, o que mais do que compensou a subida das amortizações e dos custos financeiros associados à expansão do portefólio.
O volume de negócios subiu 22,7% e o EBITDA 39,2%, fruto do crescimento das vendas e da melhoria da rentabilidade dos principais negócios, nomeadamente a Modelo Continente. E também da integração dos negócios adquiridos recentemente (Musti, Druni…).
Por sua vez, o NAV (valor líquido dos ativos) subiu 4,5% no trimestre, refletindo sobretudo a valorização bolsista da NOS, da qual a Sonae detém 37,4% do capital social.
A reorganização do portefólio de negócios do grupo visa apostar em áreas de maior potencial de crescimento (cuidados para animais, alimentação saudável, saúde…). Mas, após as aquisições feitas e a venda de alguns negócios, como as marcas de roupa Zippy e a Mo, a curto/médio prazo, o grupo focar-se-á na consolidação do portefólio. Sem descurar oportunidades de menor dimensão mas sem elevar demasiado o endividamento.
Mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,13 euros em 2025 e de 0,16 euros em 2026.
A diversificação dos negócios e a sua liderança em quase todos são vantagens da Sonae numa conjuntura incerta. Apesar da subida bolsista, a ação continua barata. Comprar.
