Airbus, Axa, Blackrock
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

A Airbus vai passar a remunerar melhor os acionistas ao aumentar o payout.
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
A Airbus vai passar a remunerar melhor os acionistas ao aumentar o payout.
Airbus
Manter
A Airbus vai passar a remunerar melhor os acionistas ao aumentar o payout ou taxa de distribuição dos lucros em dividendos para 50% (anteriormente era de 40%). A fabricante aeronáutica assinala assim vários pontos:
A retoma da atividade de defesa e espacial também contribuirá para o aumento dos lucros. Após uma perda de 566 milhões de euros em 2024, a Airbus aposta na sua reestruturação para gerar um lucro operacional superior a mil milhões de euros até 2028.
O aumento do payout ou taxa de distribuição dos lucros para 50% é uma boa notícia para os acionistas. Demonstra a confiança da Airbus na sua solidez financeira e nas perspetivas de crescimento.
A ação da Airbus não está barata, mas a valorização justifica-se pela sua posição dominante, o volume elevado de encomendas (que terá agora de concretizar), a excelente visibilidade a longo prazo e a nova política de dividendos reforçada. Não alteramos a nossa recomendação: manter.
Axa
Manter
Segundo a imprensa italiana, a Axa está bem posicionada para assumir o controlo da seguradora italiana Prima, que tem tido um forte crescimento, com um aumento dos prémios angariados.
Se for aprovado pelos acionistas da Prima e pelo Governo, este acordo marcará um novo passo no desenvolvimento da Axa em Itália, após a aquisição da Nobis no ramo dos seguros contra danos. A Axa está a investir o dinheiro que vai receber em breve com a venda da unidade de gestão de ativos ao BNP Paribas. Pode manter a Axa.
Blackrock
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A BlackRock anunciou objetivos de crescimento até 2030: 35 mil milhões de dólares de volume de negócios (20,4 mil milhões em 2024), lucro operacional de 15 mil milhões (8,1 em 2024) e duplicar a sua valorização em bolsa.
Para alcançar estes resultados, aposta na maior diversificação das atividades. A BlackRock lançou produtos mais rentáveis, como ETF geridos ativamente e ETF ligados a criptoativos.
Com a intensa concorrência a pressionar as comissões (e as receitas da BlackRock) para níveis cada vez mais baixos nos ETF básicos, a BlackRock teve de reorientar parte dos seus investimentos.
A gestora fê-lo nos últimos meses com aquisições importantes e, por vezes, dispendiosas no private equity (investimento em empresas não cotadas). A BlackRock espera atrair 400 mil milhões de dólares de capitais de investidores para estes mercados, que deverão representar 30% das receitas até 2030 (15% em 2024).
Esta diversificação pretende oferecer uma exposição ampla a ativos não cotados e um potencial de rentabilidade superior, sobre os quais cobrará comissões mais elevadas.
A BlackRock poderá realizar novas aquisições, mas enfrentará a concorrência de gigantes do setor como a Blackstone, KKR e Apollo Global Management.
A apresentação da estratégia da BlackRock para 2030 não gerou uma reação muito otimista nos mercados. Mas a BlackRock deve demonstrar que consegue criar valor para os seus acionistas. Pode comprar.