No primeiro trimestre, o BCP alcançou lucros de 243,5 milhões de euros (ME), 0,016 euros por ação, mais 3,9% que em igual período de 2024 e apenas ligeiramente acima do esperado.
Na base da atividade bancária, a margem financeira, que é obtida pela diferença entre os juros cobrados nos empréstimos concedidos pelo banco e os que este paga aos clientes pelos fundos que lhe são confiados, como depósitos, cresceu 3,6%.
Apesar de ter caído 3,9% no mercado nacional, afetada pela descida das taxas de juro, esse recuo da margem financeira foi mais do que compensado pelo aumento de 10,7% nas operações internacionais, sobretudo na Polónia, onde opera através do Bank Millennium (detido a 50,1%), graças a taxas de juro elevadas e à expansão da atividade. As comissões progrediram 2,1%.
E os resultados de operações financeiras atingiram ganhos de 29,5 ME contra perdas de 2,9 ME no período homólogo, graças a menores custos em acordos extrajudiciais relativos à carteira de créditos em francos suíços, na Polónia.
Positiva foi ainda a redução de 24,1% das imparidades de crédito. Já os custos operativos aumentaram 10,4%, mas o BCP mantém uma boa eficiência da atividade: rácio Cost to Income é de apenas 37%, um valor bem inferior à média do mercado.
A conjuntura de abrandamento económico e descida das taxas de juro é menos favorável à atividade bancária, mas o BCP irá beneficiar da sua presença na Polónia, mercado mais dinâmico.
Revemos em alta as nossas previsões de lucros por ação, de 0,061 para 0,065 euros este ano e de 0,065 para 0,070 euros, em 2026. Mantenha a ação em carteira.