Análise

ArcelorMittal, Eli Lilly, TotalEnergies

Publicado em:  07 maio 2025
Tempo estimado de leitura: ##TIME## min.

Partilhe este artigo

Autor:  Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

ArcelorMittal limita queda dos resultados. Lucros da Eli Lilly penalizados por depreciação. TotalEnergies duplica a dívida no primeiro trimestre.

ArcelorMittal 
Manter

A ArcelorMittal publicou uma descida menos acentuada do que o esperado do lucro trimestral. O grupo limitou os danos na Europa e publica bons números na América do Norte.

No entanto, as incertezas económicas impedem a ArcelorMittal de demonstrar confiança para os próximos trimestres. Se mantém os objetivos para 2025, reconhece que o cenário de uma revisão em baixa é cada vez mais provável.

Eli Lilly 
Manter

Apesar de as vendas (+47% excluindo efeitos cambiais) continuarem a ser impulsionadas pelo Mounjaro (diabetes) e o Zepbound (obesidade), os lucros da Eli Lilly ficaram abaixo das expectativas devido a uma depreciação relacionada com a aquisição da Scorpion Therapeutics.

Mais preocupante, uma seguradora de saúde norte-americana decidiu deixar de reembolsar o Zepbound a partir de 1 de julho. Um facto que deverá intensificar a concorrência com a dinamarquesa Novo Nordisk.

TotalEnergies 
Manter

A TotalEnergies confirmou a capacidade de estabilizar ou aumentar o dividendo nos próximos anos, mesmo que a conjuntura se deteriore, mas o ritmo da compra de ações próprias pode diminuir.

A TotalEnergies aumentou a dívida líquida no primeiro trimestre para 20,1 mil milhões de dólares, contra 10,9 mil no final de 2024, para remunerar os acionistas.

O fluxo de caixa (2,5 mil milhões) foi insuficiente para os dividendos (1,8 mil milhões) e a compra de ações próprias (2,1 mil milhões). A administração anunciou 2 mil milhões de dólares para a compra de ações próprias no trimestre em curso.

A TotalEnergies enfrenta o impacto da queda dos preços do petróleo nos resultados, com uma descida de 18% do lucro líquido no primeiro trimestre. Ainda assim, um bom resultado comparado com a Shell (-28%) e a BP (-50%).

A TotalEnergies beneficiou do aumento de 4% da produção de hidrocarbonetos (Shell: +1%, BP: -6%) graças a novas capacidades. A petrolífera confirma um aumento superior a 3% em 2025. A atividade no GNL, um dos eixos de crescimento, manteve-se dinâmica. Novos projetos estão a ser lançados. 

A cotação da TotalEnergies reagiu negativamente ao aumento da dívida. O dividendo não está em risco, mas existem dúvidas sobre a compra de ações próprias se o preço do petróleo não subir.

 

O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROteste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.