A Sonae obteve lucros de 0,11 euros por ação em 2024, um valor um pouco abaixo do esperado que representa menos 37,6% face ao ano anterior. Mas, sem a elevada mais-valia, obtida em 2023, com a alienação do negócio de artigos desportivos, o lucro subiu 18%.
Em 2024, o grupo atingiu recordes de receita (quase 10 mil ME) e investimento, que mais do que duplicou para1,6 mil ME devido à realização de aquisições.
A nível operacional, as receitas subiram 18,4% e o EBITDA aumentou 4,5%. Por atividades, o retalho alimentar, maior negócio do grupo, subiu 7%, o segmento de saúde, beleza e bem-estar beneficiou da reformulação do portfólio, a Worten cresceu 8,8%, mas a rentabilidade caiu, a Musti (retalho de produtos para animais) foi integrada nas contas com as receitas a progredirem 5,6%, e a NOS reforçou o seu contributo para os lucros, apesar de não ser consolidada integralmente.
A nível financeiro, a dívida aumentou de forma significativa, devido às aquisições, mas o grupo mantém-se sólido e não quer fazer novas aquisições relevantes, tendo mantido a subida do dividendo em 5%, tal como nos últimos anos.
Baixámos as estimativas de lucros por ação, de 0,16 para 0,13 euros, em 2025 e de 0,19 para 0,16 euros, em 2026.
As aquisições efetuadas reforçam as perspetivas de crescimento do grupo e, apesar da subida em 2025, a ação ainda está barata. Pode comprar.