Stellantis: mudança de conselho
Publicado em: 07 março 2025Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
Mesmo suspensos por um mês, os direitos aduaneiros de 25% sobre as importações do México e do Canadá pesam sobre as perspetivas do setor automóvel.
A Stellantis, resultante da fusão entre a Fiat Chrysler e a Peugeot, importa cerca de 40% dos veículos vendidos nos EUA (40% das receitas) das suas fábricas no México e no Canadá. Por esse motivo, será bastante afetada pelas tarifas (lucro operacional pode cair 15%).
A guerra comercial surge num momento em que a Stellantis enfrenta mais desafios: redução de stocks, problemas de qualidade em alguns modelos e a procura de um novo CEO. Embora a Stellantis prometa uma recuperação, apoiada no lançamento de 10 novos modelos este ano, as ambições permanecem vagas.
Para 2025, limita-se a garantir um crescimento do volume de negócios, uma margem operacional de um único dígito (5,5% em 2024 e 12,8% em 2023) e o regresso a um fluxo de caixa positivo. Estas perspetivas não transmitem confiança, num contexto de desaceleração dos mercados automóveis e de transição para o “elétrico”. Reduzimos as previsões de lucro por ação: 2 euros para 2025 (antes 2,8) e 2,5 euros em 2026 (antes 3,30).
Sem inspiração para 2025 e ainda sem liderança, a Stellantis enfrenta a tempestade das tarifas. Embora a ação não esteja cara, alteramos o conselho: venda.