O BCP alcançou lucros de 906,4 milhões de euros (0,060 euros por ação) em 2024. Este valor corresponde a um crescimento de 5,9% face ao ano anterior, mas ficou, ainda assim, um pouco abaixo da nossa previsão de 0,061 euros por ação.
Em causa esteve a má evolução dos resultados de operações financeiras, que foram negativos no quarto trimestre (-24,3 ME), assim como o forte aumento dos custos operacionais do terceiro para o quarto trimestre (+10,2%) com a subida dos custos com pessoal (+9%) e outros gastos administrativos (+14,6%).
No total do ano, a margem financeira manteve-se estável (+0,2%) e as comissões cresceram 4,8%. Do lado dos custos, houve a diminuição ao nível das imparidades para crédito e outras provisões (-22%), mas os custos operacionais aumentaram 12,4%.
Ainda assim, o BCP tem uma boa eficiência da atividade com um rácio Cost to income de apenas 37,4%, um valor inferior à média do mercado.
Para este ano, prevemos agora lucros por ação de 0,061 euros (0,062 antes). Para 2026, estimamos 0,065 euros.
Tendo em vista reforçar a remuneração dos acionistas, o BCP está autorizado a recomprar ações próprias até um montante de 200 ME. Além disso, o banco confirmou que irá propor um payout de 50%, ou seja, irá distribuir metade dos lucros em dividendos, o que é positivo. Mantenha o título.