Medtronic
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Os resultados do terceiro trimestre de 2024/25 da Medtronic foram mistos. Houve um aumento do volume de negócios de 4,1% (excluindo efeitos cambiais e de perímetro), que dececionou, mas os lucros foram superiores ao esperado.
As vendas de dispositivos médicos diminuíram ligeiramente (-0,4%) devido a uma redução dos inventários dos distribuidores. Este impacto negativo persistirá durante o quarto trimestre, mas deverá ser resolvido posteriormente. As perspetivas de vendas e lucros para o exercício em curso foram confirmadas.
Repsol
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Os resultados de 2024 (lucro por ação de 1,43 euros; -42%) ficaram abaixo das nossas expectativas. À semelhança do setor petrolífero, os lucros da Repsol foram afetados pela queda dos preços dos hidrocarbonetos e das margens na atividade de refinação. Prevemos margens de refinação deprimidas também em 2025, num cenário de fraca procura e oferta elevada.
A cotação reagiu positivamente às notícias relacionadas com a remuneração dos acionistas. Quanto ao dividendo é de 0,975 euros (esperávamos 0,95 euros; e 0,9 euros em 2023) e poderá aumentar em 2025, segundo a Repsol, que considera o aumento do dividendo importante para a sua estratégia. A compra de ações próprias também continua no programa.
O aumento da remuneração dos acionistas é possível graças a um bom nível de geração de caixa durante 2024, embora tenha diminuído 24%. Além disso, para poupar liquidez, a Repsol anunciou uma redução dos investimentos para 4 mil milhões de euros, contra 5,7 mil milhões em 2024.
Reduzimos as nossas estimativas de lucro por ação para 2025 de 2 para 1,8 euros, tendo em conta a evolução dos preços dos hidrocarbonetos. Além disso, a estratégia "multienergia" da Repsol parece prejudicar a petrolífera, especialmente quando os concorrentes (Shell, BP, etc.) estão a focar-se no petróleo e no gás.
Schneider
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A francesa Schneider está a capitalizar a onda dos data centres para a IA. No quarto trimestre de 2024, o volume de negócios global aumentou 12,5% e em 15,2% na atividade de gestão de energia (82% das receitas), fortemente ligada aos centros de dados.
O dinamismo da atividade permitiu à Schneider ultrapassar os objetivos para 2024, com uma margem operacional de 18,6% (previsão era de 18,1% a 18,3%). A Schneider não dececiona e para 2025 aponta para um aumento de 7% a 10% do volume de negócios, excluindo aquisições, e uma margem operacional entre 19,2% e 19,5%, valores acima das expectativas. O grupo continua a apostar na elevada procura de data centres nos EUA, onde está a reforçar a sua oferta.
Para o período 2024-2027, a Schneider confirmou os objetivos de crescimento do volume de negócios, excluindo aquisições, entre 7% e 10% ao ano. Um objetivo credível, tendo em conta a dimensão e dinamismo do mercado: procura de eficiência energética, digitalização, etc. Revimos em alta as nossas previsões de lucro por ação para 9,1 euros em 2025 (antes 8,9) e 10,3 euros em 2026 (antes 10).
O impacto do DeepSeek no mercado de IA e as questões sobre o seu potencial tinham feito cair a cotação da Schneider. Porém, o crescimento do mercado de data centers não está em causa.
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