As vendas líquidas da Jerónimo Martins (JM) aumentaram 9,3% em 2024, um valor ligeiramente acima do previsto, com todos os mercados onde o grupo opera a registarem subidas.
Na Polónia, a Biedronka (70% do total) cresceu 9,6%, enquanto na Colômbia, as vendas da Ara subiram 17%. Em Portugal (19% do total), como previsto devido à maturidade do mercado, o crescimento foi menor: 4,5% no Pingo Doce e 1,9% no Recheio.
Dada a pressão sobre os volumes de venda, a JM beneficiou da expansão da rede lojas (352 novas lojas em termos líquidos), sobretudo nos seus mercados externos, e da evolução cambial positiva.
Num contexto de elevada concorrência, sobretudo a nível de preço, e em que os consumidores continuam cautelosos, a JM tem resistido bem, mas continuará a sofrer pressão sobre as margens, por força da queda da inflação alimentar, conjugada com uma elevada inflação de custos. A prazo, a entrada na Eslováquia, que deverá ocorrer em breve, pode ser um novo pólo de crescimento do grupo.
Enquanto esperamos pelos resultados totais de 2024 a 19 de março, mantemos as previsões de lucros por ação de 1,17 euros em 2025 e de 1,31 euros em 2026.
Conselho
O crescimento das vendas em 2024 foi positivo mas o grupo alerta que a conjuntura continua turbulenta. A JM é uma empresa de qualidade, com um bom historial de crescimento e que negoceia com múltiplos razoáveis. Pode comprar.