Dois anos após a eleição e de forma algo inesperada, o CEO da Galp, Filipe Silva, demitiu-se do cargo devido a razões pessoais (uma alegada relação com uma diretora).
Entretanto, já foram nomeados dois co-CEO interinos, a administradora financeira (CFO), Maria João Carioca, e o vice-presidente executivo para a área comercial, João Diogo Silva. O novo CEO definitivo deverá ser escolhido até maio.
Apesar da situação um pouco anómala, em bolsa a cotação não foi afetada, já que não se prevê que tenha impacto na estratégia da empresa.
De facto, apesar de se preparar para ter o quarto CEO no espaço de 5 anos e de ter alterado a sua estratégia algumas vezes, primeiro com a aposta nas renováveis e na transição energética e agora de novo com o foco primordial no petróleo, a qualidade dos seus ativos nesta área, tanto na Namíbia como no Brasil, justificam que o grosso do investimento seja na exploração e produção de petróleo, que manterá a sua importância como fonte de energia para a economia global durante muitos anos, ao contrário do que se chegou a prever.
Enquanto aguardamos pelos resultados de 2024 a 17 de fevereiro, mantemos as estimativas de lucros por ação de 1,33 euros em 2025 e de 1,36 euros em 2026.
Conselho
No contexto atual, a aposta no petróleo é para manter e parece-nos adequada face à qualidade dos ativos da Galp, que até poderá despertar o interesse de outras empresas. Pode manter.